Dezenas de milhares de
pessoas foram às ruas de cidades nos Estados Unidos neste sábado (20) para a
segunda Marcha das Mulheres, a fim de manifestar o seu repúdio ao presidente
Donald Trump no dia em que ele completa o primeiro aniversário na Presidência.
Com seu epicentro em
Washington, as marchas esperavam ser muito mais modestas do que há um ano,
quando uma estimativa de três milhões de pessoas em todo o país protestaram
contra a chegada do magnata à Casa Branca.
Em sua conta no Twitter,
Trump ironizou a manifestação. "Belo clima em todo o país, um dia perfeito
para todas as mulheres marcharem. Saiam para celebrar as marcas históricas e o
sucesso econômico sem precedentes e a criação de riquezas que passou a existiu
nos últimos 12 anos. Menor taxa de desemprego feminino dos últimos 18
anos", escreveu.
Manifestantes fazem nova
edição da Marcha das Mulheres nos EUA
Mas as manifestações deste
fim de semana esperam manter a chama da resistência com a mensagem "Power
to the Polls" (Poder às urnas), com o objetivo de estimular a votação e
potencializar a participação das mulheres nas eleições de meio de mandato de
novembro, na qual uma cifra recorde de mulheres disputam um cargo.
Os manifestantes se reuniram
em Washington, Nova York, Chicago, Denver e outras cidades americanas neste
sábado, muitos vestindo os famosos gorros cor de rosa com orelhas de gato,
conhecidos como "pussy hats", uma referência à fala sexista de Trump
- registrada em uma gravação - de que era capaz de "pegar pela
xoxota" (by the pussy, no original em inglês) impunemente as mulheres que
desejava.
"Fomos à primeira
marcha das mulheres, mas sentimos que nosso trabalho não está terminado e que
há muito mais que precisamos conquistar", disse à agência de notícia
France Presse (AFP) Tanaquil Eltson, de 14 anos, que foi ao protesto em 2017 e
retornou neste sábado em Washington com sua mãe.
"Sei que o mundo que me
cerca não é de cores alegres, dá medo. Mas estou emocionada de ser capaz de
conquistá-lo", disse, vestindo uma roupa de Super-Mulher.
Sua mãe, Vitessa, uma
tenente-coronel do Exército reformada, também se mostrou esperançosa.
"Convivi durante
décadas com problemas de assédio sexual e isso está melhorando, mas não está
nada perto de onde precisa estar", disse, usando uma roupa de
Mulher-Maravilha, fazendo uma brincadeira com sua filha.
"Os temas que as
mulheres enfrentam não estão suficientemente representados em nosso país. Por
isso, é um privilégio sermos capazes de sair e tentar fazer algo como
cidadãos", acrescentou.
Milhares de manifestantes
seguravam cartazes com mensagens que incluíam "Brigue como uma
menina" e "Lugar de mulher é na Casa Branca".
Mais de 300 povoados e
cidades estão organizando marchas e protestos pelo aniversário da posse de
Trump, embora nem todos estejam relacionados entre si.
Fonte : Ge
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