A chegada ao Brasil de 3 milhões de doses de
vacinas da Janssen, prevista para ocorrer nesta terça-feira (15), foi adiada. A
informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde. Em nota, a pasta confirma a
suspensão temporária do envio e diz que aguarda nova previsão de entrega.
"A pasta aguarda confirmação da data por parte
do laboratório, mas a expectativa é de que as doses cheguem ainda esta semana
ao país em três remessas", informa a pasta.
Ainda não há informação sobre o motivo do adiamento
da entrega. Questionada, a Janssen disse apenas que "segue dialogando com
o Ministério da Saúde e outras autoridades locais com o objetivo de
disponibilizar a vacina no país o quanto antes".
A previsão para chegada nesta terça (15) havia sido
confirmada no sábado (12) pelo Ministério da Saúde. A medida ocorreu após a
FDA, agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, ampliar o prazo de
validade das doses que estavam no país e que devem ser enviadas ao Brasil.
Inicialmente, as doses tinham data de vencimento de 27 de junho, mas ela foi
prorrogada para 8 de agosto pela agência americana.
Um pedido semelhante foi feito pela farmacêutica
também à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que regula as
vacinas no Brasil. Atualmente, o prazo de validade das doses de vacinas da
Janssen é de três meses. A farmacêutica, porém, pede que esse prazo seja
ampliado para 4,5 meses. A previsão é que a agência dê um parecer ainda no
início desta semana.
O Brasil tem contratos para obter 38 milhões de
doses da Janssen neste ano. As entregas, porém, estavam previstas para ocorrer
apenas entre julho e dezembro.
O Ministério da Saúde vinha dizendo que pretendia
acelerar a distribuição caso recebesse a vacina mais cedo. O plano inicial era
enviar as doses às capitais, mas alguns estados têm dito que pretendem
distribuir as doses a mais cidades.
No sábado (12), o ministro da Saúde, Marcelo
Queiroga, descartou problemas na aplicação dessas doses por conta da validade,
frisando que o país consegue aplicar até 2,4 milhões de doses ao dia. A
situação, porém, gerou preocupação em alguns estados.
“Vamos seguir o fluxo normal do PNI [Programa
Nacional de Imunizações]. A questão é somente a logística para diminuir o risco
de uma eventual perda das doses”, disse o ministro.
A vacina fabricada pela Johnson & Johnson é
aplicada em apenas uma dose e tem eficácia global de 72%. Já a proteção contra
casos graves da doença é de 85%, segundo estudo realizado em janeiro deste ano.
Com informações da Folhapress
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