"Libertadores não se joga, Libertadores se ganha".
Foi assim que o Fluminense garantiu, na noite desta
quarta-feira, a vitória por 2 a 1 sobre o Santa Fe, pela 4ª rodada da
Libertadores. O time de Roger Machado fez seu pior jogo nesta edição da
competição, mas saiu de campo não só com os três pontos, como também com a
liderança isolada do Grupo D. Vai entender?! Era jogo para explodir o Maracanã.
Com todos os titulares à disposição – Martinelli chegou a
ser dúvida por conta de dores musculares, mas teve condições de jogo –, Roger
optou por repetir a escalação utilizada nas últimas partidas do torneio,
mandando a campo:
Marcos Felipe; Calegari, Nino, Luccas Claro e Egídio;
Martinelli, Yago e Nenê; Kayky, Luiz Henrique e Fred.
Mas viu um Fluminense espaçado e recuado em ação,
principalmente no primeiro tempo, quando parecia ter um buraco no meio de
campo. Nenê e os atacantes jogavam longe dos volantes, o que facilitava o jogo
por dentro do Santa Fe, que, precisando da vitória, foi agressivo: jogou apenas
com um volante entre os zagueiros e liberou três homens.
+ Roger minimiza críticas por atuação do Fluminense e exalta resultado: "Vencer que é bom"
Com espaço de sobra e sempre com um a mais no meio, os
colombianos, então, mandaram no jogo em toda a primeira etapa, desperdiçando
chances claras de abrir o placar no Maracanã. Além de Marcos Felipe, que se
agigantou para cima de Osorio, aos 12 minutos, quem mais dificultou a vida do
Santa Fe foi sua própria pontaria.
Desorganizado e "distante" em campo, o Fluminense
também tinha dificuldades de atacar. A bola pouco chegava em Fred ou Kayky, e a
primeira boa construção do time foi depois dos 30, quando Egídio trabalhou com
Yago e Nenê, que fez bom cruzamento e, por pouco, não encontrou o camisa 9
"na boa" para finalizar.
Números do 1º tempo
Posse de bola: Fluminense 47% x 53% Santa Fe
Finalizações: Fluminense 2 x 8 Santa Fe
Finalizações no gol: Fluminense 0 x 2 Santa Fe
Escanteios: Fluminense 2 x 3 Santa Fe
+ Fred vibra com espírito guerreiro do Fluminense:
"Mentalidade é cada vez mais vencedora"
No intervalo, Roger não mexeu na estrutura do time, mas sim
em "peça por peça", substituindo Luiz Henrique por Biel. O time deu
poucos sinais de melhora, apesar do jovem de 20 anos ter finalizado para ótima
defesa de Castellanos, aos sete minutos do segundo tempo. A equipe seguia com o
meio de campo fértil, espaçado e com dificuldades na marcação, até que aos 12
minutos, o Santa Fe, com González, abriu o placar da partida.
Mas o que parecia improvável, pelo panorama do jogo,
aconteceu: o Fluminense chegou ao empate em menos de dois minutos. Não é de
hoje que a equipe parece saber a hora certa de fazer gols. O time conseguiu
encaixar seu primeiro contra-ataque, com Martinelli, e viu a estrela de Kayky
brilhar (mais uma vez). O jovem fez linda jogada e deu passe açucarado para
Fred marcar seu 22º gol em jogos da Libertadores, se tornando, ao lado de Célio
(ex-Vasco e Nacional-URU), o terceiro maior artilheiro brasileiro da história
da competição.
Números de Kayky em 2021
15 jogos (sete como titular)
4 gols
3 assistências
*Nos últimos três jogos, deu duas assistências (Portuguesa
e Santa Fe) e fez dois gols (Junior e Portuguesa).
Mas não foram só as estrelas de Fred e Kayky que brilharam
na noite desta quarta-feira. A de Cazares e Caio Paulista – e consequentemente
a do técnico Roger Machado – também. O meia foi acionado aos 21, no lugar de
Nenê, e o atacante aos 27, na vaga de Kayky. Aos 30, então, o equatoriano deu
um bolão para Caio, que recuperou a bola no início da jogada, arrancou e
garantiu a virada tricolor. Vitória suada, sofrida, no melhor estilo "time
de guerreiros".
Apesar do resultado (que, sim, tem que ser comemorado), é
preciso tirar lições da partida. Principalmente pensando em adversários mais
fortes. O Santa Fe também desperdiçou um caminhão de gols.
+ Atuações do Fluminense: coletivo joga mal, mas Fred e Caio Paulista garantem virada; veja notas
Sem muito tempo para recuperação ou treinamento, o
Fluminense já precisa virar a chave para sábado, quando enfrenta o Flamengo,
pelo primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, e necessita de ajustes para
conter o ataque rival, como povoar o meio, compactar as linhas e organizar a
defesa. O Fla-Flu acontece às 21h05 (de Brasília), no Maracanã.
Logo depois, na terça-feira, o Tricolor volta a jogar pela
Libertadores, outra vez em casa, contra o Junior Barranquilla. Com oito pontos,
está a um de garantir sua classificação às oitavas de final. River Plate tem
seis, Junior soma três e Santa Fe apenas dois.
Do ge
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