Uma
nova regra do governo dos Estados Unidos determina que os candidatos ao visto
americano terão que incluir informações sobre suas redes sociais na
solicitação. A medida deve afetar cerca de 14,7 milhões de pessoas por ano,
segundo estimativas das autoridades.
De acordo com a AP,
porta-vozes do Departamento de Estado confirmaram que os novos formulário de
visto foram adotados a partir de sexta-feira (31). No Twitter, diversos
usuários relatam já terem encontrado o novo modelo de solicitação:
O site passa a solicitar links
ou nomes de usuário dos perfis usados pelos candidatos nos últimos cinco anos.
Além disso, o sistema também passa a pedir todos os e-mails e telefones
registrados pelos solicitantes durante os últimos cinco anos.
A nova regra vale para
praticamente todos os candidatos aos vistos de turismo, estudo e trabalho.
Apenas alguns candidatos ao visto diplomático devem ser poupados da
solicitação.
Antes, apenas os candidatos
que eram selecionados para verificação extra, como pessoas que viajaram para
áreas controladas por organizações terroristas, tinham que apresentar links das
redes sociais. Estima-se que cerca de 65 mil candidatos caiam nessa categoria
por ano, contra quase 15 milhões de pessoas que devem ser afetados pela nova
medida a cada ano.
"A segurança nacional é a
nossa principal prioridade ao julgar pedidos de visto, e todo potencial
viajante e imigrante passa por uma extensa triagem de segurança ”, disse o
departamento. "Estamos trabalhando constantemente para encontrar
mecanismos que melhorem nossos processos de triagem para proteger os cidadãos
dos EUA, ao mesmo tempo em que apoiamos viagens legítimas para o país".
No ano passado, o Departamento
de Estado já havia declarado a intenção de solicitar as redes sociais dos
candidatos ao visto americano.
A medida é criticada por
organizações da sociedade civil. Na quinta-feira (30), a União Americana pelas
Liberdades Civis emitiu um comunicado condenando a medida, considerada
ineficaz.
"A regra vai infringir os
direitos dos imigrantes e dos cidadãos dos EUA ao restringir a liberdade de
expressão e associação, particularmente porque as pessoas agora terão que se
perguntar se o que eles dizem online será mal interpretado ou mal compreendido
por um funcionário do governo", afirma a organização, em nota.
Fonte : G1
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