Quatro
pessoas morreram e 12 ficaram feridas - seis delas com gravidade - depois que
um atirador abriu fogo em um mercado de Natal, na noite desta terça-feira (11),
no centro de Estrasburgo, na França. As informações são da prefeitura da região
de Grand-Est et du Bas-Rhin.
O caso está sendo tratado
como um ataque terrorista.
A seção antiterrorista do
Ministério Público de Paris participa da investigação, de acordo com o jornal
"Le Figaro". O Gabinete do Procurador abriu uma investigação sobre
assassinato e tentativa de assassinato em conexão com uma organização
terrorista, bem como através de uma associação de criminosos terroristas. O
promotor de Paris está em Estrasburgo.
Segundo relatos, os tiros
começaram por volta das 20 horas (17 horas em Brasília), na rua des Orfèvres.
O atirador não foi
capturado, mas já foi identificado, embora as autoridades não tenham divulgado
seu nome. Ele ficou ferido ao trocar tiros com a polícia durante a fuga.
Veículos de imprensa
franceses dizem que se trata de um homem de 29 anos, nascido em Estrasburgo, e
que já era conhecido dos serviços de inteligência. Esta manhã sua casa foi alvo
de uma busca policial relacionada a um assalto, mas ele não estava no local,
onde granadas foram encontradas. Segundo o "Figaro", seu nome é
Chérif C.
O jornal britânico
"Guardian" diz ainda que a polícia ouviu relatos de que o homem fez
disparos em diversos pontos diferentes do mercado, montado na Place Kleber, uma
das principais praças da cidade.
O jornalista Camille
Belsoeur, da emissora de TV France 3, postou uma mensagem no Twitter dizendo
ter visto militares atirando. Eles teriam afirmado que foram chamados
"porque há um homem armado".
Ele disse ainda que há um
perímetro fechado e que os policiais não deixam ninguém ultrapassar.
O Parlamento Europeu fica
perto do local e o assessor político Diogo Pinto diz que a polícia pediu que
todos que estão no prédio permaneçam lá dentro. Os parlamentares estavam em
sessão quando os tiros foram disparados e ninguém saiu.
Pessoas estão há horas
dentro de restaurantes, bares e outros locais públicos, sem poderem retornar
para suas casas. O acesso ao centro foi interrompido, assim como a circulação
de algumas estradas que saem da cidade. Como Estrasburgo fica perto da
fronteira com a Alemanha, a polícia alemã diz ter reforçado a vigilância de seu
lado.
O ministro do Interior,
Christophe Castaner, está em Estrasburgo. Em Paris, uma reunião do centro de
crise interministerial, comandado pelo primeiro-ministro Édouard Philippe, está
sendo realizada com a presença do presidente francês, Emmanuel Macron.
Segundo o jornal "Le
Figaro", todos os hospitais de Estrasburgo foram acionados em um
"plano branco", no qual são desmarcadas atividades não essenciais,
leitos extras são disponibilizados e pessoal é colocado de prontidão para
ampliar equipes médicas, administrativas e técnicas, caso seja necessário.
O prefeito de Estrasburgo,
Roland Ries, comunicou que na quarta-feira o mercado de Natal e todos os outros
pontos culturais da cidade permanecerão fechados e que atividades comemorativas
serão canceladas, mas que ainda não foi decidido se as escolas irão funcionar.
As bandeiras serão hasteadas a meio-mastro em homenagem aos mortos.
Fonte : G1
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