O presidente
norte-americano, Donald Trump, agradeceu neste sábado (14) em postagem no
Twitter a "sabedoria" e o poder militar da França e Reino Unido no
ataque conjunto contra a Síria, realizado na noite anterior.
"Um ataque
perfeitamente executado na noite passada. Obrigado à França e ao Reino Unido
por sua sabedoria e pelo poder de seus excelentes exércitos. Não poderia haver
resultado melhor. Missão cumprida!", dizia a mensagem.
Trump continuou: "Estou
muito orgulhoso do nosso exército que será, depois de investidos bilhões de
dólares aprovados, o melhor que o nosso país já teve. Não haverá nada, ou
ninguém, sequer próximo!"
O dobro de mísseis
A investida foi anunciada
pelo próprio Donald Trump em pronunciamento na Casa Branca, na noite de
sexta-feira (13), como resposta ao suposto ataque químico contra a cidade síria
de Duma no último fim de semana. O regime sírio nega o uso de armas químicas.
As forças aéreas e marinhas
dos EUA, França e Reino Unido lançaram os primeiros ataques por volta das 21h
de Washington (22h, no horário de Brasília, já madrugada na Síria).
Três alvos foram atingidos,
segundo o Pentágono: um centro de pesquisa e produção de armas químicas e
biológicas em Damasco, um armazém de armas químicas em Homs, a leste de Damasco
– onde os EUA acreditam que havia estoques de gás sarin – e uma base na mesma
cidade que também teria armas químicas. Não há registro de vítimas civis, ainda
conforme o Departamento de Defesa dos EUA.
Os sistemas de Defesa sírios
reagiram, atingindo 13 mísseis em Al Kiswah, nos subúrbios de Damasco.
No total foram lançados 105
mísseis contra os três alvos na Síria, ainda segundo o Pentágono. É quase o dobro
da quantidade de armamento usada no ano passado, quando os norte-americanos
reagiram a outro ataque químico atribuído ao regime de Assad que deixou 86
mortos.
Naquela ocasião, 59 mísseis
Tomahawk foram disparados contra uma base aérea do país. Desta vez, de acordo
com o Ministro da Defesa do Reino Unido, foram usados mísseis do tipo Shadow.
O Departamente de Defesa dos
EUA afirma que nenhum dos mísseis lançados foi interceptado. Já as Forças
Armadas da Síria falam em 110 mísseis disparados contra o país e diz que a
"maioria" deles foi interceptada, segundo a CNN.
Estratégia americana
permanece
Na manhã deste sábado, o
Pentágono fez um pronunciamento para explicar a ação coordenada. Nele, a
porta-voz Dana White disse que o ataque não muda a estratégia dos Estados
Unidos na Síria e que os norte-americanos não querem participar do conflito no
país.
"Lançamos o bombardeio
para evitar que a Síria use armas químicas no futuro", disse. "Nosso
objetivo na Síria continua sendo combater o Estado Islâmico", acrescentou.
O General Kenneth McKenzie
afirmou que não há registros de vítimas civis. "Não estamos sabendo de
nenhuma casualidade de civis decorrida do ataque até o momento. Depois do
ataque o exército sírio disparou mísseis, que não sabemos onde caíram."
Justificativa
Para justificar a ação desta
sexta, Trump chamou o suposto ataque químico em Duma de "massacre" e
de "crimes de um monstro". A premiê britânica, Theresa May,
classificou o bombardeio como uma "intervenção na guerra na Síria".
Já o presidente francês, Emmanuel Macron disse que o ataque está "restrito
a capacidades do regime sírio de armas químicas".
Após o bombardeio, a
embaixada da Rússia (aliada da Síria) nos EUA declarou no Twitter que
"tais ações nõa serão deixadas sem consequências". O presidente
russo, Vladimir Putin, chamou a investida de "agressão contra o estado
soberano" e pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da
ONU.
Fonte : G1
0 Comentários