Pouco
mais de seis quilômetros separam o Estádio Olímpico de Roma do Vaticano. É ali
que está a Basílica de São Pedro, o maior e mais representativo símbolo da
igreja católica no mundo. Para quem espera por um milagre, uma vizinhança
abençoada.
Milagre. Foi o próprio
técnico do Roma, Eusebio di Francesco, quem usou a palavra para definir o
tamanho da missão do time dele contra o Barcelona, nesta terça-feira. No jogo
de volta, às 15h45m (de Brasília), na capital italiana, a Roma precisa vencer
por 3 a 0 para ir às semifinais da Liga dos Campeões. Se devolver o placar de 4
a 1 do Camp Nou, leva a decisão para a prorrogação. Muita gente acha pouco
provável, mas, pelo menos no discurso, é de acreditar no impossível.
- Conquistamos coisas que
ninguém esperava. Por que agora não esperar um final feliz e acreditar num
milagre? Em fazer qualquer coisa verdadeiramente impensável - disse o
treinador.
Di Francesco sabe o tamanho
da montanha que tem que subir. O Barça tem todos os números a seu favor, tudo
leva a crer que o time chegará à semifinal sem dificuldades. A conta não fecha
para a Roma. Precisa fazer três gols num único jogo, num time que só foi vazado
três vezes nesta edição da Liga dos Campões e tem a melhor defesa da
competição.
A Roma, sobretudo, espera um
pouco mais de sorte. No Camp Nou, foram dois gols contra, algo que minou o
ânimo da equipe. Mas o time também terá mudanças. O meia belga Nainggolan, que
ficou fora do jogo de ida por sentir dores musculares, está confirmado. O
atacante turco Ünder, outro desfalque na Espanha, também está de volta. A baixa
será o atacante Perotti, que sente dores na panturrilha.
- Acho que fizemos uma
grande partida no Camp Nou, mas faltou sorte. Esperamos fazer uma bela partida,
com a esperança de fazer e conquistar algo importante - frisou o belga.
Barça x Extraordinário FC
Há pouco mais de um ano, o
Barcelona precisava acreditar no impossível. Desafiar o impossível. Não dá para
esquecer, né? Oito de março de 2017. No Camp Nou, o time que ainda tinha Neymar
ao lado de Suárez e Messi, tinha de derrubar a vantagem do Paris Saint Germain,
que havia vencido na França por impactantes 4 a 0. Polêmicas de arbitragem à
parte, o Barça conseguiu a "remontada". Um Neymar brilhante, que hoje
é do PSG, conduziu o time para a vitória por 6 a 1. Épico.
O técnico era Luis Henrique.
Hoje, Ernesto Valverde toma todos os cuidados possíveis para que o Barcelona
não seja surpreendido. Mesmo à frente de um time que não perde desde janeiro.
- É claro que eu penso que
podemos perder. Sempre penso que podemos perder, mas claro que penso mais que
podemos ganhar. Mas já estou há muito tempo no futebol. Temos suficiente para
saber que coisas extraordinárias acontecem. E é para isso que estamos aqui,
para impedir que elas aconteçam. Temos uma vantagem, mas não ganhamos nada -
frisou.
O goleiro Ter Stegen estava
na "remontada" e sabe que no futebol a palavra impossível vira e mexe
perde todo o seu significado.
- Sabemos que é uma tarefa
difícil para a Roma, mas é um time de qualidade. Temos de estar concentrados e
só pensar em ganhar o jogo.
O volante Busquets é dúvida,
mas treinou nesta segunda-feira e não está descartado. No mais, força máxima
disponível.
As prováveis
escalações:
Barcelona: Ter Stegen;
Semedo, Piqué, Umtiti, Alba; Busquets, Rakitić, Sergi Roberto e Iniesta;
Suárez, Messi.
Roma: Alisson; Florenzi,
Fazio, Manolas, Kolarov; Nainggolan, De Rossi, Strootman; El Shaarawy, Dzeko,
Ünder.
Fonte : ge
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