No
Corinthians de 2018, Rodriguinho veste a camisa 26. Mas pode ser também o dono
da 10, da 8, da 9... Criativo no meio-campo e em fase artilheira no ataque, ele
é a referência máxima da equipe de Fábio Carille. E, cada vez mais decisivo,
pode, sim, sonhar com a Copa do Mundo.
E convocação de Tite é em
menos de um mês – dia 14 de maio. Rodriguinho já teve suas chances, mas a
concorrência é dura. Nem ele, nem Lucas Lima, do Palmeiras, nem Diego, do
Flamengo, parecem perto de uma ida à Rússia. Mas o corintiano é quem tem sido
mais decisivo.
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Veja alguns
números dele em 2018:
Tem oito gols e é artilheiro
do Corinthians na temporada;
Fez os últimos quatro gols
do Timão, contra São Paulo, Palmeiras e Fluminense (duas vezes);
Nos 2 a 1 sobre o
Fluminense, neste domingo, mais do mesmo: além de ser o principal armador do
time e buscar a bola na defesa, Rodriguinho aparece na área, mostra um senso de
posicionamento apurado e consegue ficar livre duas vezes para marcar.
Chama a atenção a
diversidade dos gols: destro e não muito alto (1,77m), o meia fez de cabeça e
de pé esquerdo contra o Flu. Como ele próprio disse em entrevista coletiva, não
é acaso. Com muito treino, Rodriguinho se tornou um finalizador nato. O melhor
do Corinthians.
Mais: exibe características
de um autêntico centroavante, que o time não tem hoje – e por isso contratou
Roger, do Internacional.
Com tantas funções, quase
sempre bem executadas, por que não pensar na Rússia?
Falando em Tite...
Fábio Carille encontrou
neste domingo um desafio que até o técnico da seleção brasileira tem tido
dificuldades para resolver: vencer linhas de cinco defensores.
O Fluminense de Abel Braga,
muito bem montado, não abriu mão desse sistema nem quando Ibañez se machucou,
aos 23 minutos, e Frazan o substituiu. Com Gum na sobra, os outros zagueiros
(Renato Chaves e o próprio Frazan) puderam vigiar de perto Rodriguinho e Mateus
Vital, os mais avançados deste Corinthians sem centroavante.
O cenário: o Timão rodou,
rodou e rodou mais um pouco com a bola, mas não teve o famoso um contra um de
Clayson, fundamental para quebrar a linha de marcação e provocar erros na
defesa do Fluminense.
Posse de bola, o Timão teve:
mais de 60% durante boa parte do jogo – terminou com 63%. Finalizações também:
11, mas quase todas de longe, com pouco trabalho para o goleiro rival.
É nesse contexto que
Rodriguinho faz a diferença. Sem um 9, ele começou a aparecer mais na área e
mostrou inteligência rara para fazer os dois gols da vitória. No primeiro,
notou a ausência de Frazan, que saiu para dar combate em Romero, e ocupou o
espaço que deveria ser do zagueiro. Sozinho, recebeu do paraguaio e cabeceou
para as redes.
No segundo, o da vitória,
Rodriguinho esperou cruzamento de Emerson Sheik, viu a defesa toda correr
desesperada em direção ao gol e, esperto, parou segundos antes para receber
sozinho e marcar de canhota, de primeira, num movimento rápido e preciso.
A defesa mostrou falhas,
mais uma vez, na bola aérea: o gol do Fluminense, com origem numa cobrança de
lateral, veio num lance em que o Corinthians assistiu a uma troca de passes de
cabeça dentro da área até Richard marcar. A criação também precisa melhorar (e
melhorou quando Pedrinho entrou em campo).
Com Rodriguinho, porém, o
time de Fábio Carille superou novamente os pontos fracos para poder vencer.
Hoje, não há jogador mais decisivo atuando em território nacional. Ou há?
Fonte : ge
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