A vencedora
do Prêmio Nobel da Paz, Malala Yousafzai, voltou neste sábado (31) para a
região de Mingora, no noroeste do Paquistão. É a primeira visita da ativista à
sua cidade natal desde 2012 -- quando um grupo de talibãs disparou em sua
cabeça por conta de sua defesa da educação feminina.
"Ela permaneceu algum
tempo na sua antiga casa com seus pais e seu irmão", disse à Agência Efe,
uma fonte da polícia que pediu para não ser identificada.
A ativista chegou pela manhã
em um helicóptero militar ao lado de seus pais e irmão à cidade do vale de
Suat. Um forte esquema de segurança foi montado e muitas ruas permanecem
fechadas por soldados do Exército, informou à Efe uma fonte militar, que também
manteve o anonimato.
A jovem de 20 anos também se
dirigiu ao Instituto de Cadetes Gali Bagh, centro educacional militar, a cerca
de 30 quilômetros de Mingora.
Lá, ela se reuniu com
estudantes em um encontro. Seus amigos também foram convidados e Malala também
estava acompanhada de Marriyum Aurangzeb, ministra da Informação do Paquistão.
A fonte militar disse ainda
que a ativista visitará uma escola construída pelo Fundo Malala no distrito de
Shangla.
Retornar ao país é
"sonho", disse Malala
Malala retornou ao Paquistão
na última quinta-feira, onde foi recebida pelo governo e as instituições
paquistanesas com honras. A ativista não conteve as lágrimas durante um
discurso no gabinete do primeiro-ministro, Shahid Khaqan Abbasi, no qual
afirmou que retornar ao seu país é um "sonho".
No entanto, sua presença
também despertou duras críticas e protestos, como a organizada pela principal
associação de escolas privadas do país, ontem, sob o lema "Eu não sou
Malala".
Ela também mantém o Fundo
Malala, criado em 2013 por ela e seu pai, Ziauddin. A fundação tem o objetivo
de conscientizar sobre os impactos social e econômico que a educação feminina
tem.
Um ano depois da criação do
fundo, Malala se tornou, aos 17 anos, a mais jovem vencedora do Prêmio Nobel da
Paz, condecoração que compartilhou com Kailash Satyarthi, ativista contra o
trabalho infantil na Índia.
Fonte : G1
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