Depois
de duas semanas e oito dias de testes de pré-temporada da Fórmula 1, no
circuito de Barcelona, as opiniões dos pilotos em relação ao halo, novo e
polêmico sistema de proteção para a cabeça do piloto localizado acima do
cockpit, ficaram bem divididas.
+ Veja imagens onboard com o
halo instalado
Para uns, o dispositivo não
interferiu na visibilidade durante a pilotagem, tampouco atrapalhou o processo
de entrada e saída do cockpit. Para outros, o halo causa desconforto na guiada
e ainda há aqueles que criticam o visual dos carros.
Um dos maiores críticos é o
tetracampeão Lewis Hamilton. Quando perguntado sobre o que ele mudaria no carro
da Mercedes depois dos testes, o inglês disse na lata:
- Além do halo, você diz?
Sua mente aprende a lidar com isso...
Já Fernando Alonso pelo
visto está mais preocupado com os constantes problemas do carro da McLaren do
que com o halo:
- Não é um problema para
pilotar, já estou adaptado.
+ Pierre Gasly detona o
halo: "Difícil entrar e sair do carro"
Talvez entre os 20 pilotos
titulares da temporada 2018 nenhum tenha criticado tão duramente o halo como
Kevin Magnussen. Questionado sobre o dispositivo, o dinamarquês preparou,
apontou e atirou.
- É muito irritante. Feio.
Difícil de entrar no carro, difícil de sair, difícil de colocar e tirar o
volante, simplesmente estranho e irritante. Quando você entra numa curva está
ok porque você olha para os lados e existe o pilar no meio, então não é um
problema ver a curva. Mas isso distrai seus olhos obviamente porque quando você
muda a direção como nas chicanes você tem de mover sua visão pelo meio do pilar
- criticou Magnussen.
Magnussen ainda projetou
dificuldades nas chamadas "curvas cegas", nas quais os pilotos não
conseguem ver a saída. O piloto da Haas citou a mais famosa de todas as curvas:
a Eau Rouge, de Spa-Francorchamps, velocíssima e em subida:
- Se você estiver
perseguindo alguém na Eau Rouge não consegue ver se ele cometer um erro no topo
e rodar, caso esteja no meio da curva. Você não sabe se ele estará no muro ou
não. Penso o mesmo sobre a primeira curva de Austin, onde tem uma grande
elevação.
+ Equipes da F1 gastam mais
de R$ 3 milhões com o halo
O halo surgiu após uma série
de reclamações quanto à segurança da cabeça dos pilotos depois que Jules
Bianchi sofreu um acidente fatal em 2014. Foram testadas diversas soluções,
como o aeroscreen, mas no fim prevaleceu o halo, apesar das críticas.
Fonte : ge
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