A derrota
por 1 a 0 para a Universidad de Chile, terça-feira, em São Januário, foi um
duro golpe nos planos do Vasco na Libertadores. Em um grupo com rivais tão
complicados, era fundamental ter conseguido a vitória em casa sobre os
chilenos, mas em campo a equipe cruz-maltina ficou longe de merecer alcançar o
objetivo. Foram erros antigos que tornaram o time inofensivo, apesar do
empurrão da torcida na arquibancada.
Havia o temor de que os oito
casos de virose no elenco pudessem ter algum prejuízo direto no desempenho. O
principal efeito foi o fato de Wagner ter sido substituído após se sentir mal e
apresentar febre. Paulinho, que chegou a ir ao hospital para fazer exames na
segunda, começou no banco e entrou em seu lugar na segunda etapa. Não é possível,
portanto, colocar a culpa da derrota nos percalços médicos.
- Não é desculpa. Não foi
determinante na partida - afirmou Zé Ricardo.
Saída de bola: um problema
recorrente
Boa parte do tempo em que a
posse esteve com o Vasco contra a La U, a bola esta nos pés dos zagueiros Erazo
e Paulão, que giraram as jogadas de um lado para outro para tentar encontrar
espaço na defesa chilena. Quando a opção foi pelos lançamentos longos, os
zagueiros da La U tiveram a vida facilitada.
Em outras partidas a saída
de bola já foi um problema. A alternativa normalmente encontrada por Zé Ricardo
é abrir os zagueiros e recuar Desábato para o meio da zaga para explorar sua
boa capacidade de passar. Contra os chilenos, não surtiu efeito. Quando o
argentino saiu por causa de um incômodo muscular, o time ficou mais
desprotegido atuando com apenas Wellington na marcação.
O gol da vitória dos
chilenos saiu em uma bobeira da defesa. Após uma cobrança de lateral, Paulão
deu o bote errado e Araos chutou. Martín Silva também vacilou e não defendeu a
bola que passou por baixo dele.
- Acho que faltou
sincronismo na saída de bola. Eles fizeram gol em um lance isolado, jogada de
lateral. A partida foi decidida em um detalhe. A La U veio bem fechada e marcou
nossas subidas pelos lados. Por dentro tivemos dificuldades. Mas o determinante
acabou sendo uma jogada isolada. É uma competição que precisamos estar 100%
concentrados - analisou o treinador.
Laterais bloqueadas; meio
embolado
A equipe da Universidad de
Chile fez bem o dever de casa e estudou bem as armas do Vasco. Com uma boa postura
tática, os chilenos conseguiram bloquear a maior parte dos avanços dos
laterais, principalmente Pikachu, que constantemente apareceu como
elemento-surpresa em partidas anteriores para finalizar, e não à toa é o
artilheiro do time na Libertadores. Sua maior contribuição foi um bom
cruzamento para Rildo, que não conseguiu fazer o gol de cabeça.
Na segunda etapa, Zé Ricardo
utilizou Paulinho, Andrés Ríos e Paulo Vitor para tentar dar força ofensiva ao
time, mas não houve grande impacto no rendimento da equipe, que embolou o jogo
pelo meio e deixou a missão da L a U mais facilitada.
- Não conseguimos criar
pelos lados. Faltou mobilidade por dentro. A La U se fechou bem e tinha uma
saída forte. Foi uma noite em que não fomos felizes na criação - afirmou Zé Ricardo.
Riascos fora de sintonia
Diante da necessidade de ter
uma maior presença dentro da área adversária, o colombiano foi o escolhido para
ser o titular, e Andrés Ríos ficou no banco. Em um lance isolado, Riascos
conseguiu acertar a trave em um chute que foi mais um cruzamento. De resto,
teve dificuldade para dar sequência nos lances e fazer o pivô para os
companheiros.
Com os resultados da rodada,
o Gigante da Colina fica em terceiro no Grupo 5, à frente apenas do Cruzeiro,
que perdeu de 4 a 2 para o Racing na semana passada. A equipe argentina lidera,
seguida da L a U. O Vasco volta a campo pela Liberta no dia 4 de abril, contra o
Cruzeiro, em Minas.
Antes da partida contra os
chilenos, Zé Ricardo comentou sobre o objetivo de chegar a pelo menos 11 pontos
para garantir a classificação. Desta forma, com apenas mais dois jogos em São
Januário, será preciso correr atrás do prejuízo fora de casa.
Fonte : ge
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