MULHER DIZ TER SIDO AGREDIDA POR DESCONHECIDO EM RODOVIA DE GARANHUNS APÓS REVELAR QUE ERA TRANS

                

Uma mulher trans diz que foi espancada por um desconhecido na noite do último sábado, 24 de julho, próximo à BR-424, em Garanhuns.

Jhepy Cardoso mora no Vale do Mundaú e tinha saído de casa para comprar carne, mas, ao atravessar a BR, foi abordada por um motorista de um veículo branco que parou perto dela. O homem passou a assediá-la, pedindo o WhatsApp e querendo conhecê-la. Quando Jhepy se recusou e revelou ser transexual o homem ficou agressivo e a espancou covardemente.

"Não sei de onde ele surgiu. O local é muito escuro e esquisito.  Ele deu boa noite e pediu pra me conhecer. Eu disse que não poderia. Nesse momento, ele pediu o meu WhatsApp e eu disse que não tinha. Foi quando ele desceu do carro e perguntou meu nome. Por medo, disse que era Gabriel.  Quando eu revelei que era uma mulher trans ele passou a ficar agressivo e, rispidamente, ordenou que eu entrasse no carro. Eu me recusei e nesse momento ele acertou o primeiro murro no meu peito, que me fez ir de encontro ao capô. Ato contínuo, ele apertou meu pescoço e me deu um segundo murro, desta vez no rosto. Eu pedi pelo amor de Deus pra ir embora e pra ele não me matar porque tinha uma irmã deficiente. Foi quando, milagrosamente,  ele me deixou ir, mas disse que eu não olhasse pra trás. No momento que eu ia me distanciando, ele ainda acertou um terceiro murro e um chute nas minhas costas", disse Jhepy ao portal.

A trans, que tem 18 anos, disse ainda estar muito abalada com as agressões, mas que vem se recuperando com a ajuda dos amigos e pessoas que se preocuparam e se solidarizaram com a situação vivida por ela.  "Não se calem. Denunciem, sejam fortes e não desistam.  Não fui a primeira nem serei a última mas, juntas, nos tornamos fortes.  Quantos anos as pessoas levarão para perceber que somos todos irmãos e irmãs e que somos seres humanos como qualquer outro?" Desabafou Jhepy, que nasceu Jefferson, mas está em processo de mudança de nome e sexo no seu registro, identidade e demais documentos civis.  Ela prestou um BO e o caso será investigado pela Polícia Civil.

Do V&C Garanhuns


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