COVID: SENADO APROVA PROJETO QUE PREVÊ DETENÇÃO DE ATÉ 3 ANOS PARA QUEM FURAR FILA DA VACINAÇÃO


O Senado aprovou nesta terça-feira (16) um projeto que prevê detenção de 1 a 3 anos e multa para quem desrespeitar a ordem de prioridade da vacinação estabelecida pelo poder público durante situação de emergência de saúde pública.

 

Pelo texto, que altera a lei do Programa Nacional de Imunizações (PNI), a pessoa que furar a fila ou ajudar outra pessoa a furar terá a pena aumentada se for autoridade ou funcionário público e souber da irregularidade.

 

A proposta, de autoria do senador Styvenson Valentim (Pode-RN), segue para a Câmara dos Deputados.

 

No mês passado, a Câmara aprovou um projeto que transforma em crime o ato de furar a fila para ser vacinado.

 

A pena de detenção é aplicada para condenações mais leves e não prevê que o inicio do cumprimento seja no regime fechado.

 

A pena de reclusão é aplicada a condenações mais severas. Nesse caso, o regime de cumprimento pode ser fechado, semi-aberto ou aberto, e normalmente é cumprida em estabelecimentos de segurança máxima ou média.

 

O projeto


O texto aprovado nesta terça pelo Senado estabelece outras medidas a fim de evitar fraudes durante a campanha de vacinação.

 

A proposta diz que toda pessoa que se submeter à vacinação ou que levar alguém sob sua responsabilidade para tomar o imunizante tem direito:

 

à presença de um acompanhante;


ao registro, por qualquer meio, do momento da vacinação, desde que, ao fazê-lo, não dificulte a realização do procedimento pelos profissionais de saúde;


ao acompanhamento do ato de marcação do lote da vacina no cartão de vacinação respectivo.


O texto define ainda que quem obstruir ou impedir que essas condutas aconteçam poderá ser punido com detenção de seis meses a dois anos, e multa. Isso sem prejuízo de demais sanções administrativas.

 

O registro das ocorrências, conforme a proposta, poderá ser feito pela internet, nos estados em que esse procedimento virtual esteja disponível.

 

Vacinação 'forjada'


Relator do projeto, o senador Alvaro Dias (Pode-PR) diz que casos de vacinação "forjada", com desvio de imunizantes, têm sido registrados no país.

 

A edição da norma, portanto, tem a possibilidade de evitar esses problemas e tranquilizar a população”, afirmou Alvaro Dias.

 

Trata-se [o desrespeito à fila] de prática escandalosa que tem gerado grande indignação na população e que representa uma ameaça à tranquilidade e à saúde pública, sobretudo na pandemia que vivenciamos, pois se trata de conduta que pode comprometer os planos de imunização prioritária dos profissionais da saúde e de pessoas idosas ou com comorbidades”, acrescentou o líder do Podemos.

 

O senador Jean Paul Prates (PT-RN), líder da minoria, disse que a proposta tem a finalidade de “reforçar o direito de quem recebe a vacina”.

 

Mas que não pairem dúvidas sobre a confiança e a gratidão deste Senado aos nossos profissionais de saúde, que, com o seu esforço, estão levando as vacinas a cada canto do país”, declarou o petista.


Do G1

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