A Secretaria de Educação e
Esportes de Pernambuco anunciou, nesta quarta-feira (3), a autorização para o
retorno das aulas presenciais da Educação Infantil e do Ensino Fundamental na
rede pública no Estado. A medida vale para escolas das redes municipal e
estadual.
As aulas presenciais para
esses níveis de ensino estão suspensas em Pernambuco desde 16 de março, por
conta da pandemia de Covid-19.
As primeiras turmas a voltar
serão as dos anos finais do Ensino Fundamental, do 6º ao 9º anos, em 1º de
março.
Em 8 de março, regressarão os
estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental, do 1º ao 5º anos.
O Ensino Infantil poderá
voltar em 15 de março. O Ensino Médio na Rede Estadual já retorna nesta
quinta-feira (4).
De acordo com o secretário
estadual de Educação, Marcelo Barros, a decisão foi tomada após avaliações
realizadas entre o Comitê Estadual de Enfrentamento à Covid-19, a Associação
Municipalista de Pernambuco (Amupe) e secretários municipais de Educação.
“A decisão de voltar às aulas
presenciais foi pautada na importância que a Educação tem não apenas na vida
das crianças e jovens, mas como no desenvolvimento do Estado como um todo”,
destacou Marcelo Barros.
O modelo híbrido de aulas, em
vigor desde outubro do ano passado, prevê a oferta de aulas presenciais e
remotas. Cada escola terá autonomia e precisará ter atenção à observância dos
protocolos de biossegurança.
“Toda a rede estará preparada
para receber os alunos. O ambiente escolar é seguro, com a baixa transmissão do
vírus, desde que seguindo os protocolos de biossegurança”, acrescentou o
secretário.
Para atender ao modelo
híbrido, a Secretaria de Educação continuará oferecendo conteúdos como vídeos,
aulas, podcasts e fascículos através da plataforma Educa PE, disponível na
internet e em canais de televisão aberta.
O secretário Marcelo Barros
ainda anunciou medidas como o escalonamento de horários de entrada, saída e
alimentação para evitar aglomerações. “As aulas na rede pública em escolas com
estudantes e professores usando transporte público nos diferentes turnos terão
início e término sempre com uma margem de diferença nos horários de pico”,
pontuou.
Medidas do protocolo setorial
da Educação como distanciamento social em todos os ambientes da escola,
monitoramento e higiene devem ser seguidas pelos estabelecimentos de ensino.
“A pandemia ainda não acabou,
precisamos ainda seguir com distanciamento social, uso de máscaras, álcool e
higiene. Se seguirmos, poderemos ter uma retomada com segurança e acolhimento
para todos os estudantes e profissionais”, finalizou Marcelo.
Vacinação
Questionado sobre uma possível
antecipação do cronograma de vacinação contra Covid-19 dos trabalhadores em
Educação com a retomada das aulas presenciais, o secretário Marcelo Barros
informou que não há definição e o Estado precisa aguardar o envio de doses por
parte do Ministério da Saúde.
“O calendário estadual de
imunização está sendo traçado pela Secretaria de Saúde e leva em consideração a
chegada das doses da vacina. Por ora, o que temos ciência é que as doses
enviadas pelo Ministério da Saúde ainda são em número reduzido. Temos que
aguardar a chegada das novas doses para replanejar o nosso cronograma”,
informou.
De acordo com o Plano de
Operacionalização para Vacinação Contra a Covid-19 no Estado de Pernambuco, a
imunização dos professores está prevista para a 4ª fase. Estimativas do Estado
indicam que há 189.727 profissionais para receber a vacina.
Demanda na rede estadual
O secretário Marcelo Barros
ainda informou que a Secretaria de Educação fecha os números da demanda por
vagas para o ano letivo de 2021. Segundo ele, dados preliminares apontam um
aumento de 10% em relação ao ano anterior.
“O levantamento ainda não está
fechado, principalmente em relação à origem desses estudantes. Ainda não
podemos precisar quantos migraram da rede privada para a pública”, justificou.
Dados do Sindicato dos
Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe-PE) indicam que,
desde o início da pandemia, ao menos 400 escolas privadas fecharam as portas em
Pernambuco por causa da crise econômica.
“Há casos do aluno sair de uma
escola de tíquete médio maior de mensalidade para uma de menor, dentro da rede
privada. O outro é a saída para a escola pública, seja estadual ou municipal”,
disse o presidente do sindicato, José Ricardo Diniz, em entrevista à Folha de
Pernambuco sobre o início do ano letivo na rede privada.
Da Folha PE
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