Novak Djokovic foi desclassificado do US Open. O número 1 do mundo acertou uma bolada no rosto da juíza de linha ao ter seu serviço quebrado pelo espanhol Pablo Carreño Busta no primeiro set da partida pelas oitavas de final do torneio de Grand Slam. Com 26 vitórias nos primeiros 26 jogos na temporada 2020, o sérvio parecia seguir rumo à 27ª quando deu uma raquetada de raiva para a lateral e acabou acertando acidentalmente a juíza, que passou alguns segundos caída no chão da quadra.
O sérvio correu para ver como ela
estava, explicou que não foi intencional e ficou ao seu lado até ela levantar.
Mas não teve jeito: após alguns minutos de deliberações, a arbitragem decidiu
pela sua desclassificação e a Associação de Tênis dos Estados Unidos (Usta)
anunciou que ele perde os pontos e prêmios em dinheiro conquistados até então
no US Open, sendo sujeito ainda a multas adicionais. Com isso, Carreño Busta,
27º no ranking da ATP, passou para as quartas de final da competição na bolha
de Nova York. Veja o lance:
+ Contra vacina, poder curativo da água e falta de
protocolos: as polêmicas de Novak Djokovic
+ Fernando Meligeni: "Novak Djokovic foi bem desclassificado. A regra é para todos"
- De acordo com o livro de regras do Grand Slam, após suas
ações de acertar uma bola intencionalmente de forma perigosa ou imprudente
dentro da quadra ou acertar uma bola com negligente desrespeito pelas
consequências, o árbitro desclassificou Novak Djokovic do US Open 2020. Por ter
sido desclassificado, Djokovic perderá todos os pontos ganhos no US Open e será
multado com o prêmio em dinheiro ganho no torneio, além de estar sujeito a
multas cobradas com relação ao incidente - estabeleceu a Usta em seu
comunicado.
Djokovic havia mostrado sua força e precisão logo no início do primeiro set, quando encaixou três aces seguidos no terceiro game. Carreño Busta, no entanto, foi conseguindo confirmar seu serviço e, aos poucos, equilibrou o jogo. No décimo game, quando ganhava por 5 a 4, Djokovic chegou a abrir 0 a 40, conquistando três set points. Parecia que ia finalmente quebrar o saque do espanhol para fechar o set. Mas Busta salvou os três pontos, levou o game para o desempate e confirmou seu serviço, empatando o set em 5 a 5. No 11º game, o sérvio machucou o ombro esquerdo após se desequilibrar em uma devolução e se apoiar sobre o braço durante a queda. Em seguida, teve seu saque quebrado pelo espanhol, que passou à frente na partida marcando 6 a 5 e seguiria para o saque. Nesse momento, Djokovic perdeu a cabeça e, de quebra, a chance de conquistar seu 18º título de Grand Slam, quarto do US Open.
O número 1 do mundo havia vencido sem dificuldade seus três
primeiros jogos no US Open, contra o bósnio Damir Dzumhur (por 3 sets a 0), o
britânico Kyle Edmund (3 a 1) e o alemão Jan-Lennard Struff (3 a 0). E vinha
tendo uma temporada quase perfeita, invicto com 26 vitórias e tendo conquistado
os três torneios que havia disputado: Aberto da Austrália, também de Grand Slam;
ATP 500 de Dubai; e Masters 1000 de Cincinnati. O quase fica por conta da
polêmica em relação ao Adria Tour, torneio de exibição de tênis realizado em
junho em Belgrado, na Sérvia, e Zadar, na Croácia. Organizado por Djokovic
durante a paralisação do ATP Tour devido à pandemia de Covid-19 e sem respeitar
os protocolos de segurança recomendados pela Organização Mundial da Saúde, o
torneio teve como consequência a contaminação de quatro jogadores por
coronavírus: Grigor Dimitrov, Borna Ćorić, Viktor Troicki e o próprio Djokovic,
além de outros membros da organização e de familiares dos atletas.
Em outras situações polêmicas, o sérvio declarou, em plena
crise do coronavírus, ser pessoalmente contra vacinas e acreditar no poder
curativo da água. Por fim, preferiu alugar uma casa isolada a ficar no hotel
com os outros jogadores do US Open para não precisar usar máscara. Afinal, no
Adria Tour ninguém usava.
+ Fora de hotel na "bolha" do US Open, Djokovic
justifica: "Teria que usar máscara o tempo todo"
Fonte: ge
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