Gugu
morreu devido a uma fratura do lado direito da cabeça, que causou uma
hemorragia que se espalhou para o cérebro. A fratura foi ocasionada por uma
queda de quatro metros dentro de casa na quarta-feira (20).
O Fantástico explicou o
acidente e falou com um neurocirurgião. Entenda o acidente no vídeo acima e nas
imagens abaixo.
Gugu tinha chegado na
quarta-feira à sua casa num condomínio em Windermere, muito próximo a Orlando,
no estado da Flórida. A casa tem quase 700 metros quadrados, dois andares e um
pé direito muito alto.
Gugu estava com o filho João
Augusto, de 18 anos, as filhas gêmeas, Marina e Sophia, de 15 anos, e com a
companheira dele Rose Miriam di Matteo.
De acordo com a nota oficial
da assessoria de imprensa do apresentador, ele tinha entrado no forro da casa
para fazer algum reparo no ar condicionado.
O piso do forro é de gesso e
não suporta o peso de uma pessoa.
Para caminhar ali em cima, é
preciso pisar nas vigas.
Não se sabe o que aconteceu,
mas Gugu caiu pelo gesso, um andar para baixo.
Gugu teve uma queda de
aproximadamente quatro metros de altura no primeiro andar da casa.
Guilherme Lipsky,
neurocirurgião brasileiro chamado pela família para acompanhar Gugu no
hospital, explica que, em uma queda dessa altura, "a gente espera uma
fratura de calcanhar, eventualmente uma fratura de bacias, mas nunca bater a
cabeça diretamente."
"Então, para ter
acontecido o que aconteceu, na gravidade que aconteceu, eu acho que ele deve
ter desfalecido num dos momentos iniciais da queda, possivelmente bateu a
cabeça contra o teto e aí desfaleceu", diz o neurocirurgião.
O filho de Gugu ligou para
os serviços de emergência, que chegaram rapidamente. Mas o trajeto da casa até
o hospital não é curto. São 27 minutos.
Com a queda, Gugu teve uma
fratura grave no osso temporal direito. Isso causou uma hemorragia traumática e
o sangramento se espalhou ao redor do cérebro.
Guilherme Lipsky explica
porque não era viável uma intervenção cirúrgica:
"É uma situação
extremamente grave, então, a maioria dos protocolos de atendimento de trauma
internacionais dizem: não investir. Porque se você investe e faz medidas, vamos
dizer, 'heroicas' você acaba acarretando um sofrimento muito grande para o
paciente. A chance de morrer é alta e se não morre há uma chance muito grande
de entrar em estado vegetativo persistente. "
No hospital foi constatada
detectado um nível 3 na escala Glasgow. Essa escala mede a atividade cerebral e
vai até 15. Isso quer dizer que a atividade cerebral de Gugu já era baixíssima
quando ele chegou ao local.
Depois de seis horas, foi
confirmada a morte encefálica. Não havia mais atividade cerebral.
Segundo o médico explicou para
o Jornal Nacional, o diagnóstico da morte encefálica é "evolutivo" e
requer um tempo de análise.
"Precisa ter um tempo
de observação mínimo, que não pode ser menor do que seis horas. Isto que foi
feito. Ele tinha alguma atividade respiratória no início. Não era de início
morte encefálica. Ele tinha de início alguma atividade na prova de apneia, a
prova que se faz."
"Acontece que o quadro
foi se deteriorando rapidamente e aí as provas subsequentes comprovaram isso.
São feitas pelo menos duas provas, há um intervalo, aqui nos EUA este intervalo
este intervalo não é limitado, pode ser feito 15 minutos depois, 20 minutos
depois", acrescenta Lipsky .
As leis americanas não
exigem, mas os médicos fizeram ainda uma angiografia, que detectou que não
havia mais fluxo de sangue para o cérebro.
A morte do apresentador Gugu
Liberato foi confirmada na sexta-feira (22) às 21h06, horário de Brasília, pela
assessoria de imprensa do apresentador com uma nota assinada pela família.
O Hospital do Coração, em
São Paulo, estava com estrutura pronta para atendimento, mas não foi
necessário. Era desejo de Gugu que todos os seus órgãos fossem doados e a
família atendeu. A equipe médica americana informa que eles podem ajudar até 50
pessoas.
Fonte: G1
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