No
último dia do encontro dos líderes das maiores economias do mundo, o presidente
Bolsonaro comemorou o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia e
falou sobre as divergências com os europeus em questões ambientais.
Assinado durante a madrugada
no horário japonês, o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o
Mercosul foi celebrado pelos dois lados antes do início do segundo dia de
encontros do G20. Com discursos dos presidentes da Comissão Europeia, Jean-Claude
Junker, e da Argentina e do Mercosul, Mauricio Macri, o desfecho de uma
negociação de 20 anos foi tratado como histórico e como vitória política pelo
governo brasileiro, que tinha se envolvido em discussões com Alemanha e França
a respeito de questões ambientais.
“Tivemos pela mídia a
posição da senhora Angela Merkel que ela iria me procurar para tirar
satisfações o sobre as questões climáticas no Brasil. Conversei com ela,
situação bastante tranquila, num momento ela arregalava os olhos, mas de
maneira bastante cordial mostramos que o Brasil mudou o governo e é um país que
vai ser respeitado.Falei para ela da psicose para conosco. Uma conversa muito
parecida com o senhor Macron, da França. Até o convidei para conhecer a região
amazônica. Ele poderia ver que não existe esse desmatamento tão
propalado."
O presidente Jair Bolsonaro
voltou a falar sobre a possibilidade de o Brasil impor sanções a Cuba como
forma de pressionar economicamente o regime venezuelano, mas que não trataria
do tema com China e Rússia, que também já expressaram apoio a Nicolás Maduro.
“Tudo tem uma hierarquia.
Não vejo chineses dentro da Venezuela, não vejo russos, a não ser um punhado de
militares lá dentro, e sabemos que esses 60 mil cubanos estão lá da mesma
maneira parecida que estavam os dez mil ditos médicos cubanos aqui no Brasil.
Eu estava na presença do nosso presidente da Rússia e eu vi que não era o
momento de você ser um pouco mais agressivo nessa questão."
Depois da Europa e América
Latina, o presidente esteve com os representantes de Arábia Saudita, Índia,
Singapura e Japão.
A agenda do líder chinês
atrasou. Alegando questões logísticas e a necessidade de embarcar, o encontro
entre Bolsonaro e Xi Jinping foi cancelado a pedido da delegação brasileira. O
encontro, a sós, entre eles ficou para outubro, data provável da visita do
presidente a Pequim.
“China é o maior parceiro
comercial. Queremos aprofundar esse relacionamento para desfazer certas coisas
que falavam ao meu respeito desde lá atrás”.
No encerramento do encontro,
foi divulgado o documento final, assinado pelos líderes, com destaque para a
defesa do comércio livre e mercados abertos e uma reforma da Organização
Mundial do Comércio; alertas para o ritmo lento de crescimento econômico e
urgência de medidas para lidar com as mudanças climáticas globais; propostas de
cooperação internacional no combate à corrupção e lavagem de dinheiro; e a
defesa de ações para reduzir a desigualdade entre homens e mulheres no mercado
de trabalho.
Fonte : G1
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