O presidente
Jair Bolsonaro informou nesta sexta-feira (14) que decidiu demitir o presidente
dos Correios, general Juarez Cunha. Segundo Bolsonaro, o militar se comportou
como "sindicalista" e se manifestou contrário à privatização da
estatal, avalizada pelo presidente da República.
A informação sobre a
demissão foi dada por Bolsonaro ao final de um café da manhã com jornalistas,
no Palácio do Planalto. O presidente disse que avalia nomes para o comando dos
Correios.
Bolsonaro afirmou que uma
possibilidade seria colocar o general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz
à frente dos Correios. Santos Cruz foi demitido nesta quinta-feira da
Secretaria de Governo e substituído pelo general Luiz Eduardo Ramos.
Porém, o agora ex-ministro
não deve assumir no momento nenhuma função no governo.
PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS
O general Juarez Cunha
assumiu a presidência dos Correios em novembro do ano passado, durante o
governo do ex-presidente Michel Temer. Foi mantido no cargo após a posse de
Bolsonaro. Cunha defende a manutenção dos Correios como empresa pública.
Durante o feriado de Páscoa,
Juarez Cunha escreveu em uma rede social que tinha "argumentos para
demonstrar porque é importante para o país manter a empresa pública [os
Correios], inclusive apresentando casos malsucedidos de privatização de
correios pelo mundo".
OUTROS ASSUNTOS
No café da manhã, Bolsonaro
também falou sobre:
Homofobia
Ele disse que a decisão do
Supremo Tribunal Federal que permitiu a criminalização da homofobia foi
"completamente equivocada". De acordo com Bolsonaro, a decisão do
Supremo prejudica as pessoas que são homossexuais.
Ele argumentou que um
empregador pensará "duas vezes" antes de contratar um homossexual.
"Tipificar a homofobia
como se racismo fosse é o STF entrando na seara penal, estão legislando. Isso
prejudica o próprio homossexual nesta decisão", disse.
Celular sem proteção
Bolsonaro disse que não
segue recomendação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de utilizar um
celular protegido com um programa de criptografia para se comunicar. Ele disse
ainda não ter "nada a esconder".
Segundo Bolsonaro, mesmo
tendo recebido um celular com programa de criptografia, que protege as
mensagens de maneira mais eficiente, ele optou por não utilizá-lo.
MP das aéreas
Ele afirmou que avalia
sancionar a medida provisória aprovada pelo Congresso Nacional que proíbe a
cobrança por bagagens de até 23 quilos em voos domésticos.
Ele disse que, ao sancionar
o texto, editaria uma nova medida provisória para permitir a cobrança da taxa
apenas para empresas aéreas de baixo custo, conhecidas como "low
cost".
Reforma da Previdência
Segundo o presidente, a
"bola está com o Legislativo" e, portanto, o governo não irá
"forçar a barra" na negociação com o Congresso para evitar o risco de
"não aprovar nada".
"O natural é ceder para
aprovar o que é possível, mas no limite curto do previsto na economia",
afirmou presidente.
Disse ainda que, aprovada a
reforma da Previdência, as próximas prioridades do governo são a reforma
tributária e o pacote anticorrupção.
Infelizmente os Correios não
são uma situação fácil... Que teve muita corrupção e desvio de dinheiro? Sim.
Que o serviço é caro e com prazos longos? Sim. Que o atendimento não é bom?
Sim. Mas tem o outro lado também que, quem mora em grandes centros nem
imagina... Os Correios tem caráter social e de inclusão. Nenhuma outra empresa
assumirá as rotas não tentáveis (mais de 70% delas), principalmente em locais
que nem internet existe ainda... A transportadoras são mais caras ainda e não
fazem rotas nem aqui no interior de MG. Se privatizar vão excluir grande
parcela do território.
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Fonte : G1
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