Amigos
das vítimas do ataque na Escola Estadual Raul Brasil, na cidade da Grande São
Paulo, lembraram nesta quinta-feira (14) dos colegas e das funcionárias mortos
no massacre nesta quarta-feira (13).
CLAITON
Igor Ribeiro Ângelo, de 16
anos, está sofrendo com a perda do amigo Claiton Antonio. “A gente estudava
junto desde a 6ª série, ele era quieto, ajudava a gente quando precisava, não
media esforços, inteligente e sempre fazia tudo na escola, na sala de aula,
sempre quieto”, disse.
Guilherme Santos, 16 anos,
também estudava com Claiton. “Eu vou olhar por fundo da sala, não vou ver o
Claiton, as tias, essa cena não sai da minha cabeça”, disse.
Para Camile Rocha, 15 anos,
também fala sobre a empatia de Claiton. "A gente conversava muito, ele era
um moleque incrível, maravilhoso de bom coração. Sempre ajudando o próximo. Ele
era incrível", disse.
ELIANA E MARILENA
Alunos também lembraram com
carinho das funcionárias da escola mortas no ataque: a inspetora Eliana Regina
de Oliveira Xavier , 38 anos, e a coordenadora pedagógica Marilena Ferreira
Vieira Umezo, 59 anos.
“Marilene e Eliana sempre
muito queridas, todo mundo na escola adorava elas, é difícil receber essa
notícia”, disse Giovanna Araújo, de 17 anos.
Segundo Camile Rocha, Marilena
usava a experiência de vida para ouvir e aconselhar os jovens. "Ela
tratava todos nós alunos como se fosse mãe, como se fosse a mãe da gente.
Educada, carinhosa, se tivesse qualquer tipo de problema podia conversar com
ela. Elas eram incríveis mulheres maravilhosas e hoje são estrelinhas que vão
brilhar no céu", disse.
Marcela Bianca Toqueiro, de 14
anos, disse que a inspetora morreu porque ficou na frente de sua irmã e a
amiga.
"A minha irmã e minha
melhor amiga estudam lá. E a inspetora que morreu, ela morreu porque ela foi na
frente delas. Ela deu a vida dela para salvar a vida das minhas amigas e da
minha irmã", contou.
KAIO
Marcela também sente muito a
perda do amigo Kaio Lucas da Costa Limeira, um menino de 15 anos que distribuía
sorrisos, segundo ela.
"A gente sempre se via no
corredor e brincava um com o outro, dava risada. Ele era uma pessoa incrível
também", disse.
CAIO
Alysson Fiuza, de 15 anos,
fala sobre o melhor amigo, Caio Oliveira, 15 anos, que morreu no ataque. Ele
conta qual era o sonho do amigo.
"Ele era meu melhor
amigo. Considerava ele meu melhor amigo. Desde a primeira vez que ele veio
falar comigo, quando me mudei pra Suzano, e não conheci ninguém, ele foi uma
das primeiras pessoas que me acolheram na escola. E era uma pessoa super
gentil, legal, pra mim ele era demais. Nunca pensei que isso fosse acontecer
com ele. É uma coisa muito triste", contou.
SAMUEL
O pai do Samuel Melquiades
Silva de Oliveira, de 16 anos, conta como o filho era amoroso.
"O Samuel era uma pessoa
extremamente amorosa, um menino ativo, na igreja, onde a gente frequenta ele
gostava de estar sempre à frente, gostava de fazer, acontecer. Era esse menino
de várias facetas, que me surpreendia a cada dia, e eu só posso agradecer a Deus
os 16 anos maravilhosos, que Deus me concedeu tê-lo como filho", disse
Gercialdo Melquiades de Oliveira.
DOUGLAS
Larissa Alves, 16 anos, amiga
de Douglas Murilo Celestino, diz que adorava dar risadas com ele.
"Quem conhece ele sabe
que ele era um menino muito divertido, adorava a gente dar risada com as
palhaçadas dele. É era um menino assim fora do comum", disse.
JORGE
Os amigos diziam que Jorge
Antônio Moraes, 51, era generoso, amável e muito trabalhador.
Fonte : G1
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