ENTENDA A FORÇA DO VENTO QUE ATINGIU O RIO DE JANEIRO; SEGUNDA PIOR EM ESCALA

O Rio de Janeiro teve uma madrugada de chuva forte e ventania nesta quinta-feira (7) que deixou seis mortos, causou apagões, derrubou árvores, alagou vias e fechou a Avenida Niemeyer, onde um trecho da ciclovia desabou.

Apesar dos ventos fortes registrados em diferentes locais da cidade, não houve um furacão. Rajadas de vento que chegaram a 110 km/h foram registradas no Forte de Copacabana, Zona Sul da cidade.


A tormenta começou por volta das 20h30, quando o Rio entrou em estágio de atenção. Às 22h15, passou-se para o estágio de crise. Na manhã desta quinta, vários pontos de alagamento foram registrados na cidade e 170 árvores caíram, segundo a prefeitura da cidade.

FOTOS MOSTRAM COMO FOI O TEMPORAL NO RIO

A chuva e a ventania levaram um veleiro a encalhar na praia do Arpoador, na Zona Sul do Rio. Um casal estava dentro da embarcação e conseguiu desembarcar sem ferimentos.

Segundo informações de funcionários de um quiosque, o casal disse que havia saído de Angra dos Reis e iria ancorar o veleiro em Niterói, mas devido à força dos ventos acabou indo parar no Arpoador.

NÃO FOI UM FURACÃO

Registraram-se rajadas de 110 km/h no Forte de Copacabana, o que caracteriza tempestade violenta. Apesar da velocidade, o vento acima dos 100 km/h não pode ser chamado de furacão.

"Existem alguns níveis de intensidade de vento para medir tanto rajada quanto fenômenos quanto tufão e furacão. Foi uma rajada de vento muito intensa provocada por um sistema chamado de baixa pressão atmosférica e quando ele se forma próximo a costa do Rio você tem um impacto maior no estado e na capital como um todo", explica a meteorologista Patrícia Vieira.

COMO É MEDIDA A FORÇA DO VENTO

Além dos medidores como anemômetro e a biruta, meteorologistas e as Forças Armadas, mais especificamente a Marinha, costumam usar a Escala de Beaufort que nivela o que acontece com determinados tipos de intensidade de vento. Ou seja: ela mensura a intensidade do vento baseada nos estragos causados.

No caso do Rio de Janeiro, o vento de 110 km/h é classificado como tempestade violenta. É o numero 11 de uma escala que vai de 0 a 12. Neste estágio costumam ser registrados estragos generalizados em construções, além de árvores arrancadas, e a velocidade do vento pode variar de 103 a 117 km/h. O mar pode chegar a 11 metros.


MAS QUANDO O VENTO COMEÇA A CAUSAR ESTE TIPO DE DANOS?

Segundo Patrícia, depende das características da região: se existem muitas construções, se está de frente para o mar, se tem morros... "Como o Rio tem tudo isso, tudo acaba influenciando o vento", explica.

ENTENDA POR QUE CHOVEU TANTO NO RIO

No caso da chuva que atingiu o Rio de Janeiro, foi a quantidade grande de água em pouco tempo que causou a maior parte dos danos: "A área de baixa pressão trouxe muita chuva. O volume de água foi extremamente alto para tão poucas horas. Essa área provocou a tempestade com descargas elétricas e rajadas de vento".
Fonte : G1





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