Os
moradores do município de Belo Jardim, no Agreste pernambucano, estão
comemorando nesta sexta-feira (22) o primeiro ciclo de distribuição de água do
Rio São Francisco, sem interrupção, por meio do sistema integrado de
abastecimento da Adutora do Agreste-Moxotó.
Desde o início dos testes, o
governador Paulo Câmara tem acompanhado sistematicamente o andamento dos
trabalhos dos técnicos da Companhia Pernambucana de Saneamento- Compesa entre
as cidades de Pesqueira e Belo Jardim. “O governador solicitou o trabalho em
tempo integral, nos últimos 30 dias, para agilizar a chegada da água em Belo
Jardim”, ressalta o presidente da Compesa, Roberto Tavares.
Desde o fim de semana, não
houve qualquer registro de vazamentos na adutora, que são intercorrências
normais durante os testes operacionais de um novo sistema de abastecimento,
garantindo a distribuição de água para todos os bairros da cidade. Belo Jardim
é a terceira cidade do Agreste a receber água da Transposição pela Adutora do
Agreste. Arcoverde e Pesqueira já estão sendo abastecidas pelas águas do Velho
Chico.
Desde o início dos testes, foi
intenso o trabalho para estabilizar o novo sistema. Durante esse período houve
algumas paralisações necessárias para consertos de vazamentos, de grande porte,
que ocorreram ao longo dos 80 quilômetros de adutora. “No último domingo, 17,
começamos a abastecer ininterruptamente Belo Jardim. Estamos confiantes de que
agora o sistema esteja estabilizado, o que permitirá divulgarmos, em breve, um
calendário de abastecimento para a cidade”, afirmou Roberto Tavares.
O sistema está operando com
sua capacidade máxima para Belo Jardim, que é de 175 litros, por segundo. A
água da Transposição do Rio São Francisco era bastante esperada pelos 76 mil
moradores da cidade, uma vez que a cidade sofre com escassez de água e está com
Barragem do Bitury (que atendia o município) em colapso. O próximo passo será
abastecer os municípios de Sanharó, Tacaimbó e São Bento do Una que também
enfrentam uma severa falta d’água por causa da estiagem que castiga a região.
A iniciativa de antecipar a
utilização da Adutora do Agreste com água do Rio São Francisco e oferecer
segurança hídrica aos municípios da região partiu do governador Paulo Câmara,
que determinou à Compesa a construção da Adutora do Moxotó, uma obra que teve
investimento da ordem de R$ 85 milhões por meio da parceria entre o Governo do
Estado e o Ministério da Integração Nacional.
A água é captada na Barragem do
Moxotó, no Eixo Leste da Transposição, e segue por 70 quilômetros de adutora
até a Estação de Tratamento de Água (ETA), de Arcoverde. Nesse ponto, há a
interligação com a Adutora do Agreste. Cerca de 400 mil pessoas serão
beneficiadas nos municípios de Arcoverde, Pedra, Venturosa, Pesqueira,
Alagoinha, Belo Jardim, Sanharó, Tacaimbó, São Bento do Una e São Caetano.
Fonte : Paredão do Povo
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