O
presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (7) que o
Ministério do Trabalho, pasta criada há 88 anos, será incorporado "a algum
ministério". Ele, porém, não informou qual.
Bolsonaro deu a declaração
após almoço no Superior Tribunal de Justiça (STJ), oferecido pelo presidente do
tribunal e do qual também participou o juiz Sérgio Moro, futuro ministro da
Justiça e Segurança Pública.
"O Ministério do
Trabalho vai ser incorporado a algum ministério", disse o presidente
eleito, sem entrar em detalhes.
Nesta terça-feira (6), em
meio às especulações sobre a incoporação, o Ministério do Trabalho divulgou
nota na qual afirma que a pasta "seguramente capaz de coordenar as forças
produtivas" a fim de "buscar o pleno emprego e a melhoria da
qualidade de vida dos brasileiros".
"O futuro do trabalho e
suas múltiplas e complexas relações precisam de um ambiente institucional
adequado para a sua compatibilização produtiva, e o Ministério do Trabalho, que
recebeu profundas melhorias nos últimos meses, é seguramente capaz de coordenar
as forças produtivas no melhor caminho a ser trilhado pela Nação Brasileira, na
efetivação do comando constitucional de buscar o pleno emprego e a melhoria da
qualidade de vida dos brasileiros", diz o texto da nota.
O Ministério do Trabalho é o
responsável por elaborar políticas e diretrizes para a geração de emprego e
renda, além da modernização das relações de trabalho. Além disso, a pasta
também é responsável por realizar a fiscalização dos postos de trabalho;
participar da elaboração de políticas salariais e de desenvolvimento
profissional.
MILITAR NA DEFESA
Na mesma entrevista,
Bolsonaro confirmou que o general Augusto Heleno, que já havia sido anunciado
como ministro da Defesa, assumirá agora o posto de ministro do Gabinete de
Segurança Institucional (GSI) em seu governo.
Sobre o comando da Defesa, o
presidente declarou que o ministro será um oficial-general de quatro estrelas,
o topo das carreiras no Exército, Marinha ou Aeronáutica.
Bolsonaro não informou de
qual Força será o ministro, mas destacou que o nome "está
engatilhado", com chance de ser anunciado até a próxima sexta (9).
O presidente eleito
reafirmou ainda que um diplomata de carreira assumirá o Ministério das Relações
Exteriores.
A respeito do senador Magno
Malta (PR-ES), seu aliado e que não se reelegeu para o Congresso, Bolsonaro
disse que ele tem condições de ser ministro no futuro governo.
BANCO CENTRAL, PETROBRAS E
BNDES
Questionado se o governo
pretende manter Ilan Goldfajn na presidência do Banco Central, Bolsonaro
declarou que terá de conversar primeiro com o futuro ministro da Economia,
Paulo Guedes, e, se for o caso, com o próprio Ilan.
“Depende se ele [Ilan]
querer ficar. Eu nunca conversei com ele na minha vida. Passa pelo Paulo
Guedes, ele vai apresentar para mim, se for o Ilan, a gente vai
conversar", disse o presidente eleito.
Bolsonaro também afirmou que
Guedes, apelidado por ele de "Posto Ipiranga", tratará da permanência
ou não de Ivan Monteiro na presidência da Petrobras.
Ele não comentou sobre
mudanças no comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES).
Adiantou, contudo, que
abrirá "o sigilo" das operações do banco logo na primeira semana do
governo, que terá início em janeiro.
"BNDES, da minha parte,
nós vamos abrir todo o sigilo para vocês, sem exceção", declarou.
EMBAIXADAS
Bolsonaro foi indagado na
entrevista se pretende fechar alguma embaixada do Brasil no exterior. Segundo
ele, a intenção é fechar embaixadas que estejam "ociosas". "Se
ela for ociosa, eu vou fechar sim", disse.
Questionado a respeito da
chance de fechar a embaixada da Palestina em Brasília, Bolsonaro declarou que
discutirá o assunto.
"Vamos discutir esse
assunto ainda. O problema ali que ela está muito próxima do Palácio do
Planalto, nenhuma embaixada poderia estar tão próxima assim do Presidente da
República. Nenhuma", disse.
O presidente afirmou novamente
que seria "prematuro" da parte do Egito alguma retaliação ao Brasil
em razão da intenção de transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para
Jerusalém.
O governo do Egito, país
árabe que apoia a causa palestina, cancelou uma visita oficial ao país do atual
ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes.
Fonte : G1
0 Comentários