Foi
realizada na manhã desta quarta-feira (07), pela Polícia Civil em conjunto com
o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a Operação Anticorrupção, que teve
como objetivo capturar integrantes de uma organização criminosa que estariam
praticando crimes contra a administração pública no município de Orobó, no
Agreste do estado. Os crimes estavam sendo praticados através do Instituto de
Previdência do Município de Orobó (IPREO).
A investigação teve início
em agosto deste ano, com a abertura de um inquérito civil, pelo MPPE, para
analisar se havia irregularidades no Instituto de Previdência. De acordo com o
promotor de Justiça de Orobó, Rodrigo Altobello Angelo Abatayguara, logo após
receber o ofício do Ministério Público, o presidente do IPREO, Gustavo José da
Silva, pediu exoneração do cargo.
“Com base em documentos que
foram trazidos do próprio município de Orobó, a Promotoria de Justiça levantou
que, pelo menos seis pessoas, entre elas o presidente, estavam recebendo
valores muito acima dos demais beneficiários. Fizemos, então, pesquisas em
redes sociais e vimos que esses beneficiários eram pessoas novas e, portanto,
não faziam jus a qualquer tipo de aposentadoria. Além disso, todos eles se
conheciam entre si, tinham relacionamentos próximos e estavam sempre em
conjunto nas fotos”, explicou Rodrigo Altobello.
Com base nessas informações,
foi pedida a prisão temporária dos seis suspeitos e solicitada busca e
apreensão na casa de todos eles, além da quebra de sigilo fiscal, bancário e
telemático. Segundo o promotor, as medidas foram necessárias para assegurar a
investigação, visto que chegou ao conhecimento da Promotoria que, após ter
pedido exoneração, o presidente teria começado a se desfazer de provas, como, por
exemplo, apagando algumas das fotos de suas redes sociais.
Deferida as medidas pelo
juiz da Vara Única da Comarca de Orobó, Daniel Silva Paiva, foi executada na
madrugada desta quarta-feira (7) a operação que conseguiu prender as seis
pessoas e resgatar diversos documentos. Os seis suspeitos estão sendo
investigados pelos crimes de peculato, organização criminosa, corrupção passiva
e lavagem de dinheiro. Segundo o promotor Rodrigo Altobello, a estimativa é que
tenham desfalcado o IPREO em cerca de R$ 2,5 milhões, desde o ano de 2015.
Fonte : Agreste Violento
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