
O
presidente eleito Jair Bolsonaro chegou na manhã deste domingo (25) à Escola de
Educação Física do Exército, na Urca, no Rio de Janeiro, para participar do X
Encontro do Calção Preto, que reúne antigos e atuais comandantes, professores e
monitores da escola.
Este é o segundo dia
consecutivo de agenda com militares. No sábado, Bolsonaro participou
comemoração do 73º aniversário da Brigada de Infantaria Paraquedista. Ele se
formou no curso de paraquedista militar em 1977 e serviu no 8º Grupamento de
Artilharia de Campanha Paraquedista entre 1983 e 1986.
Após deixar a Escola de
Educação Física, Bolsonaro concedeu uma rápida entrevista próximo ao condomínio
onde mora, na Barra da Tijuca.
MINISTÉRIO
Ele afirmou que, até o fim
do mês, pretende concluir a formação do ministério, até este domingo ora com 13
ministros. Ele disse que negocia as indicações para os postos com as bancadas,
não com os partidos.
"OS NOMES QUE APARECEM
EU TENHO QUE ESTUDAR. ESPERO QUE ATÉ O FINAL DO MÊS ESTEJA RESOLVIDA ESSA
QUESTÃO DO MINISTÉRIO. ESTOU NEGOCIANDO, CONVERSANDO COM AS BANCADAS. AS
BANCADAS É QUE ESTÃO INDICANDO ALGUNS MINISTROS, NÃO O PARTIDO", DECLAROU.
Segundo Bolsonaro, não há
prioridade para a escolha de nenhum ministério. "Não tem prioridade, todos
[os nomes] estão na mesa. Queremos pessoas independentes, isentas, que sejam
honestas e pensem no Brasil, e não na agremiação partidária", declarou.
CONGRESSO
Indagado sobre a agenda de
votações do Congresso no ano que vem, Bolsonaro afirmou que vai fazer uma
"política diferente" na negociação com os parlamentares.
"Votações importantes
não são para o presidente nem para o parlamento, são para o Brasil. Vai da
consciência de cada um. O que nós decidimos desde quando comecei a minha
campanha há quatro anos é que faríamos uma política diferente. Se vai dar
certo? Espero que sim. Agora, ao fazer a mesma política, iria dar errado",
disse.
MÉDICOS
Bolsonaro se disse contrário
à posição manifestada pelo futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em
entrevista publicada na edição deste domingo do jornal "O Globo".
Na entrevista, Mandetta defendeu
que os médicos recém-formados se submetam a uma prova, a exemplo dos bacharéis
em direito, que precisam de aprovação em um exame da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB) para obter o registro profissional como advogado.
"Sou contra o Revalida
para médicos brasileiros. Ele [Mandetta] está sugerindo Revalida com certa
periodicidade. Sou contra porque vai desaguar na mesma situação que acontece
com a OAB. Não podemos formar jovens no Brasil – cinco anos no caso de
bacheréis em direito – e depois submetê-los a serem boys de luxo em escritórios
de advocacia", afirmou o presidente eleito.
CIRURGIA
O presidente eleito se disse
"chateado" com o adiamento da cirurgia para a retirada da bolsa de
colostomia que usa desde a operação motivada pela facada que recebeu durante um
ato de campanha.
A cirurgia para retirada da
bolsa estava prevista para o próximo dia 12, mas após exames realizados em São
Paulo na sexta-feira os médicos decidiram fazer uma nova avaliação em janeiro,
após a posse.
"Passou para o dia 19 a
consulta. Estou chateado mas não posso forçar a barra. Se fizesse a cirurgia
agora, poderia ter que refazer a colostomia. Então, segundo eles, porque sou
fiel ao entendimento médico, não vai ser feita a cirurgia agora", disse.
FUTEBOL
Bolsonaro pretendia
comparecer neste domingo ao jogo entre Vasco e Palmeiras, no estádio São
Januário, no Rio, mas desistiu após recomendação da segurança – o presidente
eleito é palmeirense.
"Por mim iria, mas todo
mundo que participa da segunança foram unânimes em não comparecer. Vou ver em
casa e torcer pelo empate", afirmou.
ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Segundo informações da
Escola de Educação Física do Exército, Bolsonaro foi o primeiro colocado da
turma de 1982 e sempre participa do Encontro do Calção Preto.
O curso é equiparado ao de
bacharel em educação física, reconhecido pelo Ministério da Educação.
Bolsonaro chegou à Urca às
11h10 para almoçar na escola. Antes, conversou em casa por 20 minutos com
parlamentares do PSL sobre políticas públicas para combate à dependência
química.
Fonte : G1


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