O
candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, comemorou na noite deste
domingo (7) o resultado do primeiro turno da eleição. Ele disputará o segundo
turno com o candidato do PT, Fernando Haddad.
Numa transmissão ao vivo no
Facebook ao lado do economista Paulo Guedes, disse que, se for eleito, unirá o
país.
"O agradecimento que
faço é a todos os brasileiros, ganhamos em quatro regiões. Perdemos no
Nordeste, mas nossa votação no Nordeste foi muito boa e tenho certeza que Deus
ajudará por ocasião do segundo turno", afirmou Bolsonaro.
"TEMOS TUDO PARA SERMOS
UMA GRANDE NAÇÃO. TEMOS QUE UNIR O NOSSO POVO, UNIR OS CACOS QUE NOS FEZ O
GOVERNO DA ESQUERDA NO PASSADO. [...] VAMOS UNIR O NOSSO POVO. UNIDOS, SEREMOS,
SIM, UMA GRANDE NAÇÃO. NINGUÉM TEM O POTENCIAL QUE NÓS TEMOS",
ACRESCENTOU.
Em outro trecho da
transmissão, Bolsonaro disse que o país "está à beira do caos" e, por
isso, na opinião dele, "não podemos dar mais um passo à esquerda".
Segundo o Tribunal Superior
Eleitoral, com 99% das urnas apuradas, Bolsonaro tinha 46,23% dos votos e
Fernando Haddad, 28,99%.
— October 8, 2018
URNAS
O candidato do PSL disse,
ainda, que ouviu críticas de eleitores sobre as urnas.
Bolsonaro tem afirmado que
não confia na "lisura" do processo e, na transmissão deste domingo,
citou um vídeo em que o eleitor diz apertar o número "1" e,
automaticamente, a urna acrescenta o "3", formando, assim, o 13,
número do candidato do PT, Fernando Haddad. Esse vídeo citado por Bolsonaro é
uma montagem e é #Fake.
"Vamos junto ao TSE
exigir soluções para isso que aconteceu agora, e não foi pouca coisa, foi muita
coisa. Tenha certeza: se esses problemas não tivessem ocorrido, e tivéssemos
confiança no voto eletrônico, já teríamos o nome do futuro presidente da
República decidido hoje", afirmou Bolsonaro.
FACADA EM BOLSONARO
Deputado federal desde 1991,
Bolsonaro filiou-se ao PSL em março para disputar a primeira eleição
presidencial. Em 6 de setembro, foi vítima de uma facada no abdômen durante um
ato de campanha em Juiz de Fora (MG).
O candidato do PSL passou
por cirurgias e ficou 23 dias internado. Em razão do atentado, Bolsonaro
concentrou a campanha nas redes sociais, com a publicação de mensagens por
escrito e de vídeos.
Sem fazer campanha nas ruas,
manteve o primeiro lugar nas pesquisas – liderou desde o início nos cenários
sem o ex-presidente Lula – mesmo sem um espectro grande de alianças e com pouco
tempo na propaganda eleitoral gratuita de TV. A popularidade de Bolsonaro
cresceu à base de um discurso anti-PT e antiesquerda.
POLÊMICAS
A campanha do deputado
federal também teve polêmicas envolvendo declarações de Bolsonaro e do
candidato a vice na chapa dele, general Hamilton Mourão.
BOLSONARO:
Disse que iria "fuzilar
a petralhada"; depois, afirmou que era uma "figura de
linguagem";
Defendeu condecorar
policiais que matam criminosos
;Disse que não aceitará o
resultado se não for o eleito; depois, disse que "não tem nada para
fazer" em caso de derrota e que somente não ligaria para cumprimentar
Haddad.
Bolsonaro também teve de
explicar frases polêmicas ditas ao longo da carreira política, em especial
sobre negros, gays e mulheres – o STF rejeitou denúncia de racismo contra ele.
GENERAL MOURÃO:
Criticou o 13º salário; depois,
foi afirmou que a declaração foi "descontextualizada"; na ocasição, o
general foi repreendido por Bolsonaro;
Afirmou que, em situação
hipotética de anarquia, o presidente eleito pode dar um "autogolpe"
com apoio das Forças Armadas;
Disse que o Brasil herdou a
cultura do "privilégio" do português, a "indolência" do
índio e a "malandragem" do africano; depois, disse que foi "mal
interpretado"
Fonte : G1
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