Foram
pouco mais de três anos, mas neste sábado o atacante Jobson, ex-Botafogo e
Atlético-MG, voltou a atuar profissionalmente. Suspenso pela Fifa entre abril
de 2015 e 31 de março deste ano por se negar a fazer um exame antidoping,
quando ainda defendia o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, o atacante de 30 anos
retornou aos gramados com a camisa do Capital, clube que disputa a segunda
divisão do Campeonato Brasiliense.
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- Foram três anos de
suspensão. Não vou negar, estou muito feliz por estar voltando a jogar futebol.
Para mim está sendo uma grande vitória – contou Jobson.
Segundo o jogador, que
pertence ao Brasiliense, a decisão de defender um clube da segunda divisão do
DF foi tomada por não receber outras propostas. No jogo deste sábado diante do
Taguatinga, no estádio Abadião, em Ceilândia, pela quarta rodada da Série B do
Candangão, o atacante foi a principal arma ofensiva do Capital e atuou durante
os 90 minutos. Mas não conseguiu balançar as redes.
- A bola quase entrou em
diversas oportunidades, faltou pouco para eu conseguir marcar. Não apareceu
nenhuma oportunidade para mim em outras equipes e senti que eu poderia voltar a
atuar aqui (no Capital). Então para mim está sendo um grande retorno. E, aos
poucos, é assim que a gente volta para o cenário de novo – disse Jobson.
Durante o período em que
ficou afastado do futebol, Jobson se envolveu em diversos problemas e foi parar
na prisão acusado do crime de estupro de vulneráveis. O atacante nega a
acusação, mas entre idas e vindas do presídio, só foi conseguir a liberdade em
abril deste ano.
Em maio, o Brasiliense –
time fundado pelo ex-senador cassado Luiz Estevão, que atualmente cumpre prisão
na Penitenciária da Papuda, em Brasília, por fraudes e desvios nas obras do
Fórum Trabalhista de São Paulo e sonegação fiscal – anunciou a contratação do
atacante para a disputa da Série D.
Porém, Jobson só pode ser
apresentado em julho, pois ainda precisava da autorização da Justiça para
defender o clube do DF, que foi eliminado da competição nacional antes da
chegada do jogador e que só volta a atuar agora em 2019.
- Infelizmente, o
Brasiliense está parado e só volta no ano que vem. Enquanto isso, estou
ganhando ritmo de jogo defendo o Capital – explicou Jobson.
Com o empate em 0 a 0 diante
do Taguatinga, o Capital chegou aos sete pontos e deixou bem encaminhada a
classificação para a semifinal da competição. O próximo jogo da equipe é diante
do CFZ-DF, no próximo sábado, às 10h (de Brasília), no estádio Bezerrão, no
Gama.
CARREIRA, PRISÃO E SUSPENSÃO
DO FUTEBOL
Jobson começou a carreira no
Brasiliense. Depois do clube do DF, o atacante passou por Botafogo,
Atlético-MG, Bahia, Grêmio Barueri, São Caetano e Al-Ittihad, da Arábia
Saudita. Nesse período, colecionou problemas por conta do uso de drogas.
Suspenso desde 2015 pela
Fifa de realizar qualquer atividade relacionada ao futebol até 31 de março de
2018, Jobson foi acusado pelo clube saudida de se recusar a fazer um exame
antidoping. Posteriormente, a Fifa deu validade mundial à pena que, de início,
foi imposta pela Federação Saudita de Futebol.
Durante o período de
suspensão, o nome do atacante foi envolvido em um caso de estupro de
vulneráveis. Desde então, Jobson foi preso três vezes. Em junho de 2016, levado
em cumprimento de mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça de
Conceição do Araguaia. O caso começou a ser investigado quando uma das
adolescentes, que diz ter sido abusada pelo jogador, procurou a polícia depois
que uma foto dela foi parar em um grupo de troca de mensagens na internet.
Jobson nega todas as acusações.
Em junho 2017, ele foi preso
novamente após se envolver em um acidente de trânsito que causou a morte de um
homem. Naquela ocasião, ele estava em liberdade condicional e voltou para a
cadeia por ter saído da comarca sem autorização. Após mais de dois meses, ele
pagou fiança e foi liberado.
Ele voltou a ser preso no
dia 29 de setembro. Desta vez, conforme o Tribunal de Justiça, ele voltou a
sair do limite estabelecido, viajando para o Pará. A informação chegou à
Justiça porque ele estava usando tornozeleira eletrônica. Porém, em abril de
2018, Jobson conseguiu novamente sair da cadeia após uma decisão do juiz
Ricardo Gagliardi, da comarca de Colméia.
Fonte : ge
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