O Papa
Francisco disse neste domingo (26) que não responderia às acusações do
ex-embaixador do Vaticano de que o pontífice havia encoberto abusos sexuais,
dizendo que o documento revelado por Carlo Maria Viganò "fala por
si".
Francisco afirmou que
"não dirá uma palavra" sobre documento de 11 páginas, no qual o
ex-funcionário diz que Francisco deveria renunciar. O pontífice disse que os
jornalistas devem ler o o comunicado cuidadosamente e decidir por si mesmos
sobre sua credibilidade.
"Li o documento hoje de
manhã. Li e vou dizer com sinceridade que devo dizer isso, a você (ao repórter)
e a todos vocês interessados: leia o documento cuidadosamente e julgue por si
mesmo", disse o Papa Francisco.
"Eu não vou dizer uma
palavra sobre isso. Eu acho que a declaração fala por si e você tem capacidade
jornalística suficiente para chegar às suas próprias conclusões",
completou o pontífice.
Viganò, de 77 anos, fez a
declaração aos meios de comunicação católicos conservadores durante a visita do
Papa à Irlanda, que teve como centro dos temas abusos sexuais da Igreja naquele
país e em outras partes do mundo.
O ex-embaixador acusou uma
longa lista de autoridades atuais e do passado, do Vaticano e da Igreja dos
EUA, de encobrir o caso do ex-cardeal Theodore McCarrick, arcebispo aposentado
de Washington D.C.
McCarrick, de 88 anos,
renunciou ao cargo no mês passado e foi destituído de seu título após alegações
de que ele havia abusado de um menor há quase 50 anos e também forçou
seminaristas adultos a dividir sua cama.
Fonte : G1
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