Além
da experiência de atletas já rodados, como Thiago Neves e Diego, Cruzeiro e
Flamengo depositam esperança, no Mineirão, também nos pés de jovens jogadores.
Xodós das torcidas e peças quase que imprescindíveis nos esquemas de Mano
Menezes e Maurício Barbieri, Arrascaeta (24 anos) e Lucas Paquetá (20) vão
medir forças, nesta quarta-feira, pela Libertadores, em uma prévia do que pode
ser, no futuro, duelo entre as seleções uruguaia e brasileira.
Arrascaeta e Lucas Paquetá
fazem parte do projeto Catar 2022 de Uruguai e Brasil, respectivamente. O meia
estrangeiro até participou da última Copa do Mundo, mas não conseguiu ter tanto
destaque, atuando em duas partidas, uma como titular. Para o amistoso com o
México, em setembro, Arrascaeta foi mantido na lista dos convocados uruguaios.
Na volta ao Brasil, vem sendo um dos mais decisivos do Cruzeiro, com quatro
gols marcados no pós-Copa. Um deles no primeiro confronto vencido pela Raposa
por 2 a 0 sobre o Flamengo, no Maracanã.
Assim como Arrascaeta,
Paquetá está nos planos da Seleção. Ele esteve na lista de suplentes para a
Copa e, agora, foi uma das novidades na lista de Tite para os amistosos contra
Estados Unidos e El Salvador, em setembro, na primeira convocação brasileira
após o Mundial da Rússia. Desde o ano passado, o jogador rubro-negro vem se
destacando e chamando a atenção. Atualmente, é titular absoluto no esquema de
Maurício Barbieri.
IMPORTÂNCIA EM
CAMPO
Arrascaeta e Paquetá
costumam atuar em faixas diferentes do gramado. Enquanto o uruguaio joga mais
aberto pelo lado esquerdo e faz movimentos diagonais para chutar a gol, seu
adversário desta quarta costuma atuar mais centralizado, buscando o jogo e
também chegando com qualidade ao ataque, sempre flutuando pelas faixas do
gramado.
Os números dos dois
jogadores são bem parecidos também. Arrascaeta tem 37 jogos no ano e 11 gols
marcados, sendo três pela Libertadores. O uruguaio é vice-artilheiro do
Cruzeiro na temporada. Lucas Paquetá tem 40 partidas no ano e oito gols, mas
ainda não balançou as redes pela Libertadores.
Em termos de utilização, as
situações também são parecidas e mostram o quão são importantes os dois.
Paquetá foi titular em quase todas as partidas do pós-Copa pelo Flamengo,
exceto justamente contra o Cruzeiro no jogo de ida, e em todas durante quase
todo o jogo. Só diante do Vitória foi substituído nos acréscimos. Nos demais,
jogou até o final. Já Arrascaeta ficou fora contra o Bahia, na 19ª rodada do
Brasileiro, por ter de cumprir suspensão. Nas demais partidas, também sempre
entrou em campo, mas não com o tempo de jogo de Paquetá.
NA MIRA DO
FUTEBOL EUROPEU
Futuro em seus países,
importância indiscutível nos clubes. Mas tem algo mais em comum entre os dois:
o interesse europeu. Destaques no futebol brasileiro, não é de se admirar que
os jovens meias recebam assédio do Velho Continente.
Arrascaeta, no ano passado,
teve uma proposta do futebol dos Estados Unidos descartada. Neste ano, tanto o
Cruzeiro como seus agentes disseram que não chegou proposta oficial, apenas
assédio de clubes europeus. Sabe-se que Monaco (França), Wolverhampton
(Inglaterra), Villareal (Espanha) e Napoli (Itália) procuraram o jogador.
Outros mercados também estão de olho no atleta, como o chinês. A multa para
tirar o uruguaio do Cruzeiro é de mais de R$ 300 milhões. A Raposa tem apenas
25% dos direitos.
Paquetá também recebeu
sondagens de clubes europeus, mas nenhuma proposta oficial chegou. O Valencia,
da Espanha, tinha prioridade na compra do jogador até o fim de junho, mas não
exerceu. A multa de Paquetá é um pouco mais baixa que a de Arrascaeta, mas
também renderia muito aos cofres rubro-negros: R$ 220 milhões. O clube tem 70%
dos direitos.
Por enquanto, os dois seguem
brilhando nos gramados brasileiros e sul-americanos com as camisas de Cruzeiro
e Flamengo. E no Mineirão, quem vai ser decisivo para a classificação da sua
equipe?
Fonte : ge
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