O ministro
da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta terça-feira (29) que os protestos
restantes em rodovias neste nono dia da greve dos caminhoneiros é de
"cunho político".
Segundo Padilha, os
representantes de caminhoneiros que negociaram com o Palácio do Planalto
afirmaram que a greve, da parte deles, foi encerrada. O ministro afirmou que os
bloqueios que ainda persistem em algumas rodovias têm mais participação de
populares do que de caminhoneiros.
"O que temos hoje são
manifestações que envolvem populares, que envolvem outras pessoas que não
caminhoneiros, e também alguns casos caminhoneiros, óbvio. E o cunho da manifestação
extravasa as questões e reivindicações dos caminhoneiros e ganha já um corpo de
manifestações políticas ", afirmou o ministro.
"Nós temos que tratar
desse assunto da forma de não obstruir nem prejudicar os caminhoneiros que
estão retornando ao trabalho", completou Padilha.
O ministro deu uma
entrevista no Palácio do Planalto após renião do gabinete de crise que analisa
efeitos da greve no abastecimento do país.
Segundo Padilha, o país
caminha para normalizar o abastecimento.
“Caminhamos nessa direção
[de normalizar o abastecimento]. É um processo que não tem a velocidade que nós
gostaríamos que tivesse, mas ele vai crescendo de intensidade. Hoje mais do que
ontem, e amanhã seguramente, muito mais do que hoje, caminhando para uma
normalidade.”
Na entrevista, o governo
informou que foram registradas 7 prisões no Maranhão em “função de bloqueio e
ações criminosas contra um comboio”. Não havia caminhoneiros entre os presos,
de acordo com o ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo, também presente
à entrevista. Os detidos, segundo ele, impediam os caminhoneiros de retornar ao
trabalho.
“Existe infiltração indevida
neste momento, porque pessoas estavam impedindo os caminhoneiros de dirigir os
seus caminhões”, afirmou.
Fonte : G1
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