Um
grupo de representantes de caminhoneiros autônomos foi chamado na noite deste
domingo (26) ao Palácio do Planalto para se reunir com integrantes do governo.
Na última quinta (24), o
governo e entidades da categoria apresentaram uma proposta de acordo para
suspender a paralisação por 15 dias. O grupo chamado ao Planalto neste domingo
não assinou o texto apresentado.
Ao contrário das
expectativas do governo, os caminhoneiros não deixaram as rodovias. Diante
disso, o presidente Michel Temer autorizou o uso das Forças Armadas para
desbloquear as estradas e editou um decreto permitindo ao governo assumir o
controle de caminhões.
A paralisação dos
caminhoneiros chegou ao sétimo dia neste domingo, provocando uma crise de
desabastecimento de combustível e alimentos.
EXIGÊNCIAS
Entre as exigências do grupo
chamado ao Planalto neste domingo está a edição de uma medida provisória (MP)
sobre o preço mínimo de frete. Há, atualmente, um projeto na pauta do Senado
que trata deste assunto e pode ser votado esta semana.
No entanto, os caminhoneiros
exigem que o tema seja decidido por medida provisória, uma vez que, publicada
no "Diário Oficial da União", a MP tem validade imediata de lei.
O grupo também pede que as
alíquota do PIS-Cofins e da Cide sejam zeradas. Demanda, ainda, que o preço do
diesel volte ao valor de julho de 2017 e fique congelado por 90 dias.
Um dos representantes do
grupo, Gilson Baitaca (Movimento dos Transportadores de Grãos - Mato Grosso)
afirmou que o acordo não terá validade se as medidas acertadas não estiverem no
"Diário Oficial".
"Nenhum acordo que nós
firmarmos hoje terá nenhuma validade sem antes se tornar público nos meios
oficiais do governo", afirmou.
Acrescentou, ainda, que o
setor "vive de promessas" e nunca foi atendido. "O setor vive de
promessas há 19 anos, desde a greve de 1999 e o setor nunca foi atendido como
deveria ter sido atendido. Vem pagando a conta junto com toda a sociedade.
Porém, é o primeiro que sofre com o aumento dos combustíveis", afirmou.
Baitaca diz que o grupo foi
ignorado na última quinta, quando o governo anunciou a proposta de acordo.
"Nós estávamos aqui na quinta-feira e fomos, vamos dizer assim, ignorados.
Eu estava aqui na quinta-feira e fomos ignorados porque nós não aceitamos o
acordo. Nós não fizemos acordo, nós não assinamos acordo", declarou.
"Estamos lutando por um
direito que há muito tempo vem sendo buscado e não é atendido", concluiu.
Fonte : G1
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