O número
de famílias que recebem rendimentos do programa Bolsa Família caiu em 2017. Ao
todo, 9,5 milhões de domicílios receberam o benefício social em 2017, 326 mil a
menos do que no ano anterior. É o que revela dados inéditos da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada nesta quarta-feira
(11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O programa é destinado às
famílias que vivem em situação de pobreza e extrema pobreza.
Procurado pelo G1, o
Ministério de Desenvolvimento Social não se pronunciou sobre os dados
divulgados pelo IBGE em relação ao Programa Bolsa Família.
Segundo o IBGE, todas as
regiões do país tiveram redução no número de benefícios pagos. A queda mais
acentuada foi no Nordeste, região que concentra o maior número de
beneficiários. Ao todo, 131 mil domicílios nordestinos deixaram de contar com a
verba extra.
O Sul foi a segunda região
onde houve a maior redução no total de benefícios pagos. Foram 77 mil a menos
que no ano anterior. O Norte aparece em terceiro lugar em número de cortes (41
mil a menos), seguido pelo Sudeste (40,8 mil) e Centro Oeste (35,9 mil).
A análise regional permitiu
observar que a redução no número de domicílios beneficiados pelo programa
ocorreu em 21 dos 27 estados da Federação. A maior redução ocorreu em Minas
Gerais (63 mil a menos), e a menor em Roraima (apenas 186 a menos).
Os seis estados que
registraram aumento no número de domicílios com recebimento do Bolsa Família
foram: Amazonas (2,3 mil a mais), Acre (4,1 mil), Distrito Federal (5,3 mil),
Amapá (7,2 mil), Sergipe (9,6 mil) e São Paulo (28 mil).
Segundo o coordenador da
pesquisa, Cima Azeredo, que é gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento
do IBGE, o levantamento não é capaz de apontar as razões que levaram ao corte
ou ao acréscimo de pagamentos em cada estado. Todavia, ele ponderou que a
análise das condições de renda dos domicílios beneficiados pelo programa sugere
que ele é bem aplicado.
Segundo Azeredo, o
rendimento médio domiciliar per capita nos domicílios que contavam com o Bolsa
Família era de R$ 324, enquanto naqueles que não tinham o benefício era de R$
1.489.
“Isso mostra que o acesso
[ao programa] é bem aplicado, que mesmo que haja algum tipo de fraude, quem o
está recebendo, no geral, tem necessidade de recebe-lo”, avaliou.
Fonte : G1
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