A Justiça
Eleitoral decidiu absolver totalmente a primeira dama de Santa Cruz do
Capibaribe, Alessandra Vieira (PSDB), do processo que respondia por compra de
votos no episódio que ficou conhecido por “escândalo do jumento”, relacionado a
fatos apurados na eleição de 2008.
A ação eleitoral corrida
desde 2016, quando o Ministério Público denunciou o caso após sete anos de
investigações. Além de Alessandra, respondiam as acusações a ex-chefe de
gabinete Áurea Priscila Ferreira, e os militantes José Inaldo Ramos Gonçalves
(Pedro Ramos), Marciel Carneiro da Silva e Renato Severino Júnior.
Em novembro de 2017 o juiz
Flávio Krok Franco absolveu parcialmente os acusados entendendo não haver o
conjunto de provas necessárias para amparar os aspectos penais da denúncia.
Após a decisão, o MPPE entendeu por ser “incabível o benefício da suspensão
condicional do processo” pedindo “o prosseguimento do processo com o julgamento
completo do mérito”.
Em decisão publicada nesta
sexta-feira (06), o juiz Vanilson Guimarães de Santana Junior jugou a parte
cível eleitoral do processo, completando o julgamento do mérito, e decidiu
absolver todos os acusados, por entender não haver provas suficiente para a
condenação.
Edson Vieira
Por ter foro privilegiado, o
prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira, foi denunciado pela
Procuradoria Regional Eleitoral em Pernambuco ao Tribunal Regional Eleitoral,
mas a denúncia não prosperou porque os membros da Corte entenderam que não foi
apresentado o conjunto de provas necessárias para justificar o prosseguimento
da ação penal por crime eleitoral.
Relembre o caso
No período eleitoral de
2008, durante a execução de um mandado de busca e apreensão no local onde
funcionava o comitê do candidato, foi encontrado um caderno que servia para
registrar nomes, endereços e necessidades apontadas pelos eleitores. A partir
de informações supostamente coletadas pela esposa do prefeito e outro cabo
eleitoral, Renato Severino Gonçalves Júnior, era possível estipular a
quantidade de votos garantidos para a eleição, dizia a denúncia.
Segundo o MPF, o caderno
continha anotações como, por exemplo, “1000 tijolos, 3 sacos de cimentos, 8
votos”; “um trabalho após de ser eleito”; “já falou com Edson – 1000 tijolos”,
comprovando o fato de que as notas eram organizadas de modo a permitir o acompanhamento
do atendimento das solicitações dos eleitores, tudo com o intuito de angariar
votos para Edson de Souza Vieira”, afirmava a denúncia.
Entre as anotações havia uma
promessa de doação de um jumento, daí surgiu o nome do escândalo à época.
Fonte : Blog do Ney Lima
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