A sessão
que julgará o recurso apresentado pela defesa de Luiz Inácio Lula da Silva
contra a decisão que aumentou a pena do ex-presidente no caso do triplex em
Guarujá (SP) está mantida para segunda-feira (26) no Tribunal Regional Federal
da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre. Nesta quinta (22), o Supremo Tribunal
Federal (STF) decidiu adiar para 4 de abril a conclusão da análise do habeas
corpus preventivo, impetrado pela defesa com o objetivo de evitar a prisão do
petista.
A assessoria do TRF-4
informou que haverá o julgamento dos embargos de declaração, mas não poderá
acontecer uma prisão imediata. Antes dessa decisão do STF, Lula poderia ser
preso e começar a cumprir a pena quando acabassem os recursos no TRF-4.
Em 24 de janeiro deste ano,
os três desembargadores que compõem a 8ª Turma do TRF-4 mantiveram a condenação
de Lula na primeira instância e ainda aumentaram a pena para 12 anos e um mês
de prisão.
Na primeira instância, o
juiz federal Sérgio Moro havia condenado Lula a 9 anos e 6 meses de prisão.
Como a decisão dos desembargadores do TRF-4 foi unânime, os advogados de Lula
puderam apresentar apenas embargos de declaração, recurso que pede
esclarecimentos sobre a sentença e não possibilita mudança do resultado.
Os embargos de declaração
foram protocolados no dia 20 de fevereiro. O Ministério Público Federal
apresentou os argumentos contra o recurso da defesa no dia 5 de março. Farão o
julgamento os mesmos desembargadores da 8ª Turma, que analisa os recursos da
operação Lava Jato em segunda instância: João Pedro Gebran Neto, Leandro
Paulsen e Victor Luiz dos Santos Laus.
No caso do triplex, Lula é
acusado de receber o imóvel no litoral de SP como propina dissimulada da
empresa OAS para favorecer a empresa em contratos com a Petrobras. O
ex-presidente nega as acusações e afirma ser inocente.
Fonte : G1
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