A Polícia
Civil de São Paulo apreendeu nesta quinta-feira (1º) duas aeronaves
pertencentes ao piloto Felipe Ramos Moraes. Ele é investigado por envolvimento
nas execuções de dois chefes da facção criminosa paulista Primeiro Comando da
Capital (PCC): Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de
Souza, o Paca.
Investigações apontam que
Gegê e Paca embarcaram em helicóptero pilotado por Moraes no litoral do Ceará
no último dia 15. A aeronave fez um pouso que não estava previsto numa reserva
indígena de Aquiraz, a 30 quilômetros de Fortaleza, local onde os dois
integrantes do PCC foram torturados e assassinados.
A aeronave usada no dia das
execuções foi encontrada nesta quinta-feira por policiais do Departamento
Estadual de Investigações Criminais (Deic) em área de mata em Fernandópolis, no
interior de São Paulo. Ela era levada para a capital na tarde desta quinta sob
escolta do helicóptero Pelicano, da Polícia Civil.
O outro helicóptero que era
utilizado por Moraes foi achado num hangar do ABC na quarta (28) e já foi
levado para São Paulo.
Segundo o Deic, também foram
apreendidas duas lanchas que estavam em marinas em Guarujá e Santos, no
litoral.
Apartamento revistado
Nesta manhã, policiais
revistaram um apartamento pertencente ao piloto em Guarujá, litoral de São
Paulo. Policiais solicitaram autorização à Justiça para fazer uma varredura no
imóvel, uma vez que havia a suspeita de que ali eram guardados armamentos
pertencentes a facção criminosa de São Paulo.
Felipe Ramos Moraes está
entre os investigados por organização criminosa na morte de Gegê e Paca.
Taxista viu piloto nervoso
No último dia 27, um taxista
que prestou depoimento no caso da morte dos chefes do PPC no Ceará disse ter
deixado Felipe Moraes em uma empresa de táxi aéreo na manhã de 15 de fevereiro.
Logo depois, Moraes conduziria o helicóptero levando os dois chefes da facção
para o local onde foram mortos.
No trajeto no táxi, o piloto
pediu pressa e disse que ''não queria deixar o serviço com outra pessoa",
afirmou o motorista.
Desvio de dinheiro em facção
Um bilhete achado na
Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, reforça a
suspeita investigada pelo Ministério Público de que Gegê e Paca foram foram
mortos porque supostamente desviaram dinheiro da facção criminosa.
“Amigos aqui é o resumo do
Pe quadrado [Penitenciária] e mais uns irmãos. Ontem foram chamados em uma
ideias, aonde nosso ir [irmão] cabelo duro deixou nois [sic] ciente que o
fuminho mandou matar os (...) o GG e o Paka. Inclusive o ir cabelo duro e mais
alguns irs [irmãos] são prova que os irs [Gegê e Paca] estavam roubando”, informa
o bilhete escrito a caneta num pedaço de papel.
Fonte : G1
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