O DESABAFO DE UMA MÃE QUE TENTOU VOLTAR A ESTUDAR EM BELO JARDIM

Eu ,Evallyne Michelle dos Santos, aluna da Escola Dr. Sebastião Cabral, venho através desta nota relatar a situação constrangedora pela qual fui submetida nas dependências da Escola Dr. Sebastião Cabral. No início do ano letivo, depois de alguns anos sem estudar devido a maternidade precoce. Me matriculei no colégio acima citado para concluir meus estudos no período noturno, EJA, uma vez iniciada as aulas, tive dificuldade de conciliar com a vida familiar, tenho 3 filhos sendo um de colo. 

Meu marido se dirigiu a escola para comunicar minha desistência, naquela oportunidade o coordenador de nome Washington demostrou solidariedade e fez de tudo para que eu não desistisse e migrasse para o horário vespertino, onde estudei do dia 23/02 do corrente ano até ontem. 19/03 , contudo no dia de ontem, eu e mais 4 alunos fomos chamada as pressas na direção a convite da diretora que atende pelo nome de Andrea Celina, a mesma nos dispensou um tratamento ríspido ao deferir que não poderíamos permanecer em sala de aula, pois nossa idade não atende as exigências que o programa EJA vespertino , a mesma usou de grosserias , usou de expressões como “ se quiser continuar é a noite ou então já era “ , expressão e atitude incompatíveis para uma docente. 

Uma das alunas que estavam no grupo inclusive foi as lagrimas, as atitudes da diretora me deixou consternada, a mesma ainda desdenhou da minha idade, dizendo que “ não era para esta ali “ e que era para me ter falado com ela antes de mudança para o período vespertino e não com o coordenador Washisngton , e ainda foi categórica em afirmar “ que quem mandava lá era ela e Zé Rizonaldo “. 

Não voltei para sala de aula, me senti constrangida, e fui instruída por funcionários da escola a procurar meus direitos junto ao secretario de educação.

Então , hoje procurei pessoas ligadas á gestão Hélio dos Terrenos para junto ao secretário encontra uma solução para minha situação, porém o secretário em primeiro momento demonstrou solidariedade e empatia com meu caso, mas menos de duas horas depois mudou o discurso acatando a postura da diretora Andrea Celina sou mãe e família, optei por voltar a estudar após 3 gestações, meus filhos um com 10 anos, outro com 6 anos e o caçula com 2.

Ate tentei levar eles a noite para a escola comigo, mas não tinha como olhar eles e cumprir meus deveres de aluna. Minha maior indignação e que em pleno século XXI da era moderna uma mulher que quer estudar seja proibida, retirada da sala de aula e destratada por pessoas que em tese deveriam se unirem para a minha manutenção na escola. Saibam vocês Ricardo Oliveira e Andrea Celina que vocês não me calarão, vou lutar para voltar a escola, pois os Direitos humanos e a Constituição desse pais me dão garantias. (Evellyne Michelle dos Santos.)
Fonte : Paredão do Povo 

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