De
acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores
(ANFAVEA), a retomada de crescimento da indústria automobilística foi uma
constante no primeiro bimestre de 2018. A produção e o licenciamento de auto
veículos registraram crescimento de dois dígitos de janeiro até março. Nos dois
primeiros meses do ano, 431,6 mil veículos foram produzidos no Brasil. O número
corresponde a uma alta de 15% em comparação com o mesmo período de 2017, o que
representa um impacto positivo para o setor.
Embora os números apontem
aumento, para o professor de finanças do ISAE – Escola de Negócios, Antônio
Jorge Martins, a retomada do interesse e do potencial de mercado
automobilístico brasileiro ainda é um grande desafio. Principalmente pelo fato
das novas gerações terem cada vez menos pretensão de adquirir o próprio
veículo, as empresas devem buscar a modernização e a adaptação às novas
demandas. Por outro lado, isso pode vir a trazer um aumento de valores.
“Os setores que possuem evolução tecnológica
tendem a apresentar crescimento real dos preços praticados, por conta da
necessidade de amortizar os investimentos tecnológicos em um prazo cada vez
menor e tendo em vista a constante evolução”, explica.
De acordo com Martins, a preocupação atual da
sociedade se volta para a mobilidade como um todo deixando de se engajar,
necessariamente no senso de propriedade.
“Para dispormos dessa mobilidade total, a
tendência é de crescimento do número de empresas que possam oferecer tais
serviços, pois a mobilidade se voltará para as mais diversas camadas da
sociedade que hoje possuem dificuldades de locomoção, como idosos e crianças”,
comenta.
Deve-se levar em conta, também, o aumento do
compartilhamento de veículos, presente de forma constante no panorama atual.
Para o professor, por conta disso, o setor automotivo tende a concentrar seus
esforços na prestação de serviços, deixando de focar exclusivamente em
produtos.
“A estratégia dos fabricantes do setor caminha
para desenvolver os pilares de conectividade, design e motorização, sendo que a
preocupação deste último item se volta para sustentabilidade como a eliminação
de combustíveis fósseis e para a economia. Quanto a conectividade, que tende
cada dia mais a ser um diferencial, o ‘top’ deste pilar representará o carro e
caminhão autônomo”, completa o especialista.
Fonte : Blog Agreste Notícia
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