Os
militares das forças integradas de segurança devem deixar definitivamente a
comunidade de Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio, daqui a duas ou três semanas,
segundo informou o coronel Carlos Frederico Cinelli, chefe de comunicação do
Comando Militar do Leste (CML), na manhã desta terça-feira (20). Há quase um
mês, homens das Forças Armadas entraram na comunidade nas chamadas operações de
estabilização do território.
Segundo Cinelli, atualmente
cerca de 50 militares fazem o patrulhamento diário na Vila Kennedy, junto com
efetivo semelhante de policiais militares. As primeiras operações da força de
segurança chegaram a contar com 1.400 homens, que trabalharam principalmente na
retirada de obstáculos e barricadas dos acessos da comunidade.
“Ainda não temos os dados
consolidados do Instituto de Segurança Pública (ISP), mas houve uma redução do
número de casos de roubos de veículos e de cargas na região. Aumentou a
percepção de segurança na comunidade. Há um decréscimo gradual do número de
militares na Vila Kennedy. Ou seja, os militares vão saindo enquanto a PM vai
entrando gradativamente na comunidade”, disse o coronel.
O coronel informou que ações
de estabilização de território semelhantes a da Vila Kennedy estão sendo
planejadas, mas que nada impede que haja deslocamentos para operações pontuais,
ocorram em outras regiões do estado. Segundo ele, tudo vai depender dos dados
coletados pela inteligência e dos acontecimentos relativos à segurança no Rio
de Janeiro.
Desde o dia 12 deste mês, os
militares passaram a fazer o patrulhamento diário na comunidade. Ao todo, cerca
de 300 militares participaram de ações da Vila Kennedy diariamente na
comunidade na semana passada. A fiscalização durante o dia ficou sob o comando
das tropas militares e à noite a Polícia Militar ficou responsável pela
segurança pública na região.
Desde o final de fevereiro,
agentes das forças de segurança fazem operação na Vila Kennedy, Zona Oeste do
Rio. As primeiras ações na comunidade ganharam destaque após os militares
tirarem fotos de moradores e seus documentos para checar se eles tinham
antecedentes criminais.
No início do mês, durante
entrevista ao repórter da TV Globo Carlos de Lannoy, o interventor federal no
Rio de Janeiro, general Braga Netto, afirmou que a experiência na Vila Kennedy
será usada como modelo para a intervenção e que vai conseguir armas para
equipar as polícias do Rio.
Fonte : G1
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