A Polícia
Civil de Ubá apreendeu no final da noite deste sábado (17) um carro suspeito de
ter sido usado no assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco
(PSOL) e do motorista Anderson Gomes. A parlamentar foi atingida por quatro
disparos na cabeça após sair de um evento no Centro do Rio.
De acordo com o delegado
Alexandrino Rosa de Souza, uma denúncia anônima feita à Polícia Civil do Rio de
Janeiro indicou a localização do veículo na cidade da Zona da Mata. Uma equipe
da polícia do Rio estava a caminho da cidade por volta das 13h30.
Ainda conforme o delegado, o
veículo foi encontrado na Rua Rio Grande do Sul que fica no Bairro Distrito
Industrial e é sem saída. A via é próxima ao cruzamento com a Rua Nossa Senhora
Aparecida.
A suspeita é que o carro,
com placas da cidade do Rio de Janeiro, tenha sido abandonado na última
quinta-feira (15), mas, como a denúncia só chegou até a polícia no sábado, o
veículo foi apreendido por volta das 21h.
Veículos seguiram carro de
vereadora
No sábado, novas imagens
exclusivas obtidas pela TV Globo mostram parte do trajeto do carro onde estavam
a vereadora Marielle o motorista Anderson antes de serem mortos na rua Joaquim
Palhares, no Estácio, no Centro do Rio, na quarta-feira (14). Às 21h07, o vídeo
de uma câmera na Av. Salvador de Sá mostra o carro branco onde estava Marielle
passando e sendo seguido por dois veículos de cor prata.
A Polícia Civil confirmou
que a avenida faz parte das vias percorridas por Marielle na noite do crime. A
Divisão de Homicídios já tem todo o trajeto registrado por imagens de câmeras
de segurança. A polícia investiga também se os assassinos de Marielle começaram
a monitorar a vereadora pelas redes sociais, já que ela fez uma convocação na
internet um dia antes do evento da Rua dos Inválidos, de onde saiu antes de ser
assassinada.
Munição
Além das imagens de câmeras
do trajeto, outro ponto em que as investigações avançaram na última semana é
relativo à munição usada no crime. As munições calibre 9 mm são do mesmo lote
de parte das balas utilizadas na maior chacina do estado de São Paulo. Os
assassinatos de 17 pessoas ocorreram em Barueri e Osasco, na Grande São Paulo,
em 13 de agosto de 2015. Três policiais militares e um guarda-civil foram
condenados pelas mortes.
O lote em questão é o
UZZ-18. Segundo a Polícia Civil do Rio, esse lote foi vendido à PF de Brasília
pela empresa Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) no dia 29 de dezembro de
2006, com as notas fiscais número 220-821 e 220-822.
Ao todo, o lote continha
1.859.000 cápsulas, que foram distribuídas para todas as unidades da PF. Também
houve balas desse lote usadas em crimes envolvendo facções rivais de
traficantes que resultaram na morte de cinco pessoas em São Gonçalo, na região
metropolitana do Rio, entre 2015 e 2017.
Fonte : G1
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