Nesta noite de domingo (04),
às 21h30, Philadelphia Eagles e New England Patriots duelam para decidir quem
leva a 52ª edição do Super Bowl, a grande decisão da temporada da NFL. Se nas
casas de aposta, o favoritismo é grande para o time de Tom Brady, são seis
pontos de vantagem, no campo talvez essa diferença não seja tão ampla.
O GloboEsporte.com preparou
um Raio-X da decisão com votos de sete jornalistas para analisar o confronto
entre os dois times de melhor campanha nas conferências Nacional (NFC) e
Americana (AFC). Votaram nessa eleição: Thiago Lavinas, Giba Perez, Raphael Andriolo,
Thales Soares, Rafael Araújo, Fabrício Crepaldi e Fabrício Marques.
Possivelmente o confronto
mais desequilibrado deste Raio-X. De um lado Tom Brady, jogando Super Bowl pela
oitava vez, com cinco títulos no currículo, 18 temporadas nas costas e titular
dos Patriots desde 2001. Do outro Nick Foles, na NFL desde 2012 sem conseguir
se firmar como titular em nenhuma equipe. Chega na decisão como titular apenas
por conta de lesão de Carson Wentz.
Alshon Jeffery não atingiu
exatamente o nível que se esperava dele quando assinou com o Philadelphia
Eagles no início da temporada 2017/18. Mas isso não quer dizer que o camisa 17
teve uma temporada ruim, foram nove touchdowns (o melhor do time no quesito),
57 recepções (3º do time) para 789 jardas, o segundo melhor índice da equipe,
atrás apenas de Zach Ertz.
Pelo lado dos Patriots,
Danny Amendola é um recebedor muito experiente, que costuma assumir o
protagonismo na hora mais importante da temporada: os playoffs. Se na temporada
regular Amendola teve apenas 659 jardas e dois touchdowns, na pós-temporada o
camisa 80 lidera a equipe em recepções (18), jardas (196) e touchdowns (2).
Agholor se recupera na
temporada, mas não consegue fazer frente à Brandin Cooks (Foto: Infoesporte)
Brandin Cooks e Nelson
Agholor têm uma curiosidade em comum na carreira. Ambos foram escolhidos na 20ª
posição geral do draft, em 2014 e 2015, respectivamente. Apesar disso, a
trajetória dos recebedores na NFL foi bem diferente. Após uma primeira
temporada apenas mediana, Cooks se firmou como um dos principais alvos de Drew
Brees, no New Orleans Saints, até a chegada de Michael Thomas, em 2016/17, que
assumiu seu posto. Acabou trocado para o New England Patriots, onde voltou a
ser protagonista, especialmente após a lesão de Julian Edelman, que rompeu o
ligamento cruzado na pré-temporada e não jogou sequer uma partida em 2017/18.
Se Brandin rapidamente se
firmou, o mesmo não aconteceu com Agholor. Apesar do status de craque com que
chegou da Universidade de Southern Californa (USC), Nelson sofreu, derrubando
muitos passes fáceis e passando, até mesmo, por problemas psicológicos. A volta
por cima veio em 2017/18. Foram oito touchdowns e 768 jardas de recepção. No
confronto, o histórico e a experiência pesaram para Cooks.
Dion Lewis não é um dos
nomes mais famosos entre running backs na NFL. Até esta temporada, o jogador
nunca havia corrido para mais de 283 jardas ao longo dos 16 jogos. Tudo mudou
com a saída de LaGarrette Blount. Lewis começou a temporada como segundo
running back, atrás de Mike Gillislee, mas acabou ganhando a posição após o
companheiro ser afastado por mau comportamento. Terminou o ano com 896 jardas e
seis touchdowns.
A situação de Ajayi é bem
diferente. Após um começo de pouco destaque nos Dolphins, Ajayi terminou a
temporada 2016/17 entre os melhores jogadores de sua posição. O começo de
2017/18 não foi bom em Miami. Teve problemas com o treinador e acabou trocado
para os Eagles no dia 31 de outubro de 2017, após jogar sete partidas. Na nova
casa, mesmo dividindo espaço com Blount, subiu muito sua produção, apesar de
ter menos carregadas.
Rex Burkhead chegou ao New
England Patriots para complementar o corpo de running backs da equipe,
especialmente em situações na beira da linha de endzone. Nessa função, foi bem
efetivo. Mesmo com praticamente 1/3 das carregadas de Lewis, 64 contra 180, e
em apenas 10 jogos, terminou com cinco touchdowns contra seis do companheiro.
Na Filadélfia, Blount nem de
longe tem o mesmo destaque que teve em seus anos de New England Patriots. Foi
pouco efetivo anotando pontos, com apenas dois touchdowns. Perdeu espaço
principalmente após a chegada de Jay Ajayi, apesar disso o jogador ainda
conseguiu ser efetivo correndo bem e quebrando tackles.
A comparação é ingrata para
o tight end do Philadelphia Eagles. Zach Ertz se consolidou como um dos
principais nomes da posição na NFL, se tornando o alvo número um tanto de
Carson Wentz quanto de Nick Foles. Apesar disso tudo, Ertz não tem o mesmo
patamar do que Rob Gronkowski. O camisa 87 dos Patriots é um dos melhores tight
ends da história da NFL, liderando os Patriots em recepções, jardas e
touchdowns nesta temporada, além de bater recordes da posição e formar uma das
parcerias mais efetivas de todos os tempos com Tom Brady.
Em sua primeira temporada na
NFL, Jake Elliott teve começo supreendente, anotando até um field goal de 61
jardas que garantiu uma vitória aos Eagles. Apesar disso, na disputa prevaleceu
a experiência de um kicker que já tem dois anéis de Super Bowl no currículo e
recebeu a alcunha de "Sr. Automático", por conta de seu altíssimo
aproveitamento nos field goals. Gostkowski sofreu uma queda de produção ao
longo das últimas temporadas, mas ainda segue entre os melhores da posição na
NFL, ao lado de Justin Tucker, do Baltimore Ravens.
Um atropelo da defesa dos
Eagles. Apesar de uma melhora notável da defesa do New England Patriots na reta
final da temporada, especialmente nos playoffs, o setor defensivo do
Philadelphia Eagles ganha à frente na disputa, muito por conta da solidez
apresentada durante toda a temporada regular. Nos playoffs, a defesa dos Eagles
foi decisiva para o time avançar ao Super Bowl, limitando os ataques de Falcons
e Vikings a 17 pontos, somados.
Fonte : Ge
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