O local
onde caiu o viaduto do Eixão Sul, por volta das 11h45 desta terça-feira (6),
costuma ser utilizado por funcionários de Setor Bancário Sul para
estacionamento irregular – o desabamento destruiu dois carros e danificou
outros dois (veja o antes e depois na imagem acima).
O trecho é conhecido pela
estrutura precária – não houve nenhuma reforma por ali nos últimos 16 anos,
segundo o produtor cultural Leo Cinelli.
Trânsito comprometido
O Eixão foi interditado
minutos depois do acidente e não tem data para ser liberado.
A Defesa Civil pediu para
que os funcionários da área central de Brasília sejam liberados do expediente
antes do horário tradicional. "Solicito aos chefes de repartições na
Esplanada dos Ministérios que encerrem o expediente mais cedo para evitar um nó
no trânsito", disse o subsecretário do órgão, Sérgio Bezerra.
O transporte público é uma
opção válida para quem precisa deixar o centro da cidade. O metrô funcionava
perfeitamente até as 15h desta terça e não tem previsão de ser fechado. A estação
Galeria, que fica a poucos metros de onde ocorreu o desabamento, segue aberta.
Várias pistas de Brasília
que não costumam engarrafar no início da tarde ficaram praticamente paradas. O
engarrafamento na W3, da 706 Sul à 702 Norte, superou os 4 km. A L2 Norte está
travada do início até a altura da 404 Norte. As vias de ligação nas quadras
iniciais das Asas Norte e Sul fcaram praticamente paradas.
Desabamento
O pedaço de um viaduto no
Eixão Sul, na área central de Brasília, desabou por volta das 11h45 desta
terça-feira (6/2) na altura da Galeria dos Estados, a menos de 1 km da
Rodoviária do Plano Piloto. Duas das três vias que seguem no sentido norte
despencaram.
Dois carros foram soterrados
e dois ficaram danificados. Mesas de um restaurante chamado Churrascaria
Floresta também ficaram soterradas. Ainda assim, não houve vítimas. O
governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), admitiu que o local precisava de
manutenção.
O diretor-geral do
Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF), Henrique Luduvice, disse
que outras partes do Eixão podem estar comprometidas. Ele reconheceu fissuras e
trincas na área como "causas prováveis" do desabamento. O motivo
exato só poderá ser definido após perícia.
Um dos motoristas cujo carro
foi esmagado pela estrutura disse à TV Globo que tudo ocorreu em menos de 5
minutos. Ele estava em um restaurante próximo ao local com amigos de trabalho.
"Deixamos as coisas no
carro e 4 minutos depois ouvimos o barulho. Retornamos e vimos a estrutura. Foi
um estouro muito forte."
Os agentes do DER-DF que
monitoram as câmeras afirmaram que o momento do desabamento não foi registrado
porque o aparelho estava virado para o outro lado.
"Você precisa aguardar
a perícia para saber o que conheceu com o viaduto, mas o que fica claro é a
falta de manutenção do espaço", disse a presidente do Conselho Regional de
Engenharia (Crea-DF), Fátima Co.
O local onde caiu o viaduto
é palco, há cerca de 15 anos, da festa Makossa Baile Black. Desde a primeira
edição, o evento ocupa tanto a parte que foi alvo do desabamento, quanto a
Churrascaria Floresta, que foi atingida em parte. A última Makossa foi
organizada em 24 de dezembro.
Fonte : G1
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