A contratação de Emerson Sheik
pelo Corinthians era algo que vinha se desenhando desde dezembro do ano
passado, segundo relatos de amigos do jogador e funcionários do clube. Nesta
segunda-feira, ele acertou retorno ao clube com contrato até o fim de junho.
Apesar de a comissão técnica
não se opor à ideia, esse interesse sempre foi maior da diretoria do que de
Fábio Carille, que priorizava outros nomes para o ataque.
Muito amigo de Andrés Sanchez,
Sheik nunca escondeu o seu desejo de encerrar a carreira no Corinthians.
Entusiasta da ideia, o ex-presidente manteve o jogador esperançoso de que seu
retorno seria possível caso ele voltasse à presidência – as eleições são no
próximo dia 3, e Andrés é o candidato da situação. A 20 dias do pleito, a
contratação foi confirmada.
Isso porque a relação com
Roberto de Andrade, que deixará o cargo em fevereiro, também sempre foi ótima.
Desde a saída do atacante em 2015, os dois costumeiramente trocavam mensagens
e, em tom jocoso, Sheik pedia uma oportunidade. Nos últimos dias, a diretoria
entendeu que ele merecia um contrato até junho. Carille, ouvido novamente, deu
aval.
Gerente de futebol do Timão,
o ex-lateral-direito Alessandro Nunes nunca colocou publicamente a volta de
Sheik como uma prioridade técnica para o time, mas aprova o nome. Campeão da
Libertadores e do Mundial em 2012 junto ao atacante, ele acredita que Sheik
será útil neste ano.
– Claro que ele vem para
jogar, não tenha dúvida. Ele ajudará o Corinthians no dia a dia – disse o dirigente,
que promete falar mais sobre o reforço nesta semana.
Auxiliar de Tite nos títulos
recentes, Carille mantém boa relação com o jogador. Em dezembro, esteve
presente na pelada de fim de ano do atleta de 39 anos em Mangaratiba, no Rio de
Janeiro. Por lá, conversaram e lembraram momentos vividos no Timão. Ainda não
havia acerto oficial.
Tem dívida?
Em março do ano passado,
Emerson Sheik afirmou ao canal "Fox Sports" que ainda tinha dinheiro
a receber do clube, mas jamais entraria na Justiça por conta disso. O jogador
mostrou confiança na palavra de Roberto de Andrade, que prometia lhe pagar.
– Tenho certeza absoluta
que, quando ele puder, tudo será resolvido.
Procurado pela reportagem, o
ex-diretor financeiro Emerson Piovezan, que deixou o cargo recentemente, disse
que o clube não tem mais nenhum valor a pagar para o atacante.
Fonte : Ge
0 Comentários