O Santos
foi pego de surpresa com a aproximação entre o Corinthians e o lateral-esquerdo
Zeca, que fez exames nesta manhã para assinar com o clube do Parque São Jorge.
O presidente santista, José Carlos Peres, afirmou que não há possibilidade de
um acordo com o rival e que pretende cobrar a multa de R$ 50 milhões caso
recupere o vínculo do jogador, que está livre graças a uma liminar.
– Fiquei sabendo dessa
negociação por vocês da imprensa. Não houve nenhum tipo de contato entre os
clubes recentemente. Não sabíamos. Não abriremos mão da multa, que é de R$ 50
milhões. Se eles quiserem contratar, que contratem. Terá consequências. A
responsabilidade disso é toda do Corinthians – afirmou Peres ao
GloboEsporte.com.
Zeca tem a seu favor um
habeas corpus concedido pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) no final de
2017. Ele buscou os tribunais alegando atrasos de pagamentos e benefícios.
Na Vila Belmiro, a decisão é
considerada frágil e há confiança de que ela pode ser revertida em abril,
quando uma audiência será realizada na Justiça do Trabalho de Santos. Se isso
acontecer, o clube promete cobrar o valor da rescisão.
Após reunião na Federação
Paulista de Futebol nesta terça-feira, o diretor de futebol do Corinthians, Duílio
Monteiro Alves, afirmou que, no caso de uma decisão que obrigue o pagamento da
multa, ela será bancada pelos empresários de Zeca.
Há cerca de um mês,
Corinthians e Santos iniciaram uma conversa para uma troca que envolveria o
lateral e os corintianos Marquinhos Gabriel e Lucca. A negociação não avançou
e, agora, é descartada por Peres.
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O gatilho para o acerto
entre Zeca e Corinthians foi um despacho do ministro Breno Medeiros, do TST,
publicado na segunda-feira, que derrubou uma obrigação de a CBF apontar que há
uma disputa jurídica entre o atleta e o Santos se algum outro clube registrasse
o lateral no BID (Boletim Informativo Diário).
– O que ela (a decisão) diz
é que a CBF não pode constar nenhuma restrição no boletim, o que não quer dizer
nada, na medida em que é público e notório que a questão do vínculo de emprego
do Zeca está sendo discutida judicialmente – afirmou o advogado Maurício Corrêa
da Veiga, que representa o Santos no TST.
No Parque São Jorge, era a
segurança que faltava para assinar o contrato. No clube rival, a decisão é tida
como mera burocracia, que não altera a situação anterior. O Santos nega que
tenha atrasados os pagamentos ao jogador.
Fonte : ge
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